segunda-feira, 12 de setembro de 2016

Sob o balé da brisa











Sob o balé da brisa
afagos no vôo do condor
em meio a dança das arraias
um novo poema
para um grande amor

Ouço o teu sussurro
em meio as borboletas
entre elas, tu se faz fada,
musa, ninfa
e tento compor
teus lindos mosaicos
com o cinzel das letras

Sinto o teu perfume
entre as azaleias,
a maciez da tua pele,
nas pétalas sedosas, me engolfar
como em um lírico
mar de ninfeias

Tu és flor graciosa,
em haste delicada,
suave, formosa

flutuas com a brisa
e teu sorriso de ternuras,
criva-lhe n'alma
vertiginosos espinhos de bálsamo,
qual nívea rosa dengosa.






DAVI CARTES ALVES