sábado, 31 de julho de 2010

Sonhos de Amor



O Mar torna-se volátil
quando os sonhos
 fremem de Amor


by  DAVI CARTES ALVES

terça-feira, 27 de julho de 2010

Bem vindas Azaléias !!!



Sim, são elas que vem surgindo
são elas que vem sorrindo
quão radiantes as azaléias

jorrando entre parques e praças
as cores do amor eterno
marcando toda cidade
com o batom adocicado
dos seus beijos rosa pink

seduzindo os ipês dourados
arrebatando enamorados
pincelando os descorados

É sempre assim em Curitiba,
julho, agosto, setembro
quando polvilham
de sublimes matizes
as ruas, residências, bosques
praças, terminais & marquises

ofertando tão generosas
uma festa para os olhos tristes
 poesia para os sentidos
desafiando nossas manhãs de frio
e perfumando as nossas vidas
de regozijo primaveril



by  DAVI CARTES ALVES



quarta-feira, 21 de julho de 2010

TIO EDMUNDO



Quis um dia ver o mundo
como o vê tio Edmundo
seu viver em submundo
sob olhar triste, profundo
e um pavor tão descabido
de chegar o fim do mundo

Quis um dia ver o mundo
como o vê tio Edmundo
seu andar desacertado
seu arfar descompassado
seu gritar esganiçado
por nascer meio corcunda

Quis um dia ver o mundo
como o vê tio Edmundo
eis Quasímodo, quão gentil!
De um apaixonar-se tão febril
por um par de olhinhos azul anil
da floricultura mais sortida
ali da Praça 21 de Abril
e não adianta negar, viu tio???

Quis um dia ver o mundo
como o vê tio Edmundo
jogo do time preferido
não perder um só segundo

Frango ensopado com batata
"Hummmmm!
Tem que servir pra todo mundo!!!”
Eh! sujeito boa praça !!
Oh! arzinho moribundo!!

Quis um dia ver o mundo
como o vê tio Edmundo
e sempre dizer para os mais jovens
estuda meu guri, vai ler um livro,
 estuda!!!
Não se torne um vagabundo!!!

Eu quisera ver o mundo
como via tio Edmundo
seu viver em submundo
sob olhar, Doce, profundo
pena chegar tão prematuro
seu temido fim do mundo.

Pena saber que a vida não ensina
o que só se aprendia
na vastidão,

do seu rico submundo.


by   DAVI CARTES ALVES

sábado, 17 de julho de 2010

Naus



Foi teu mar que eu vi sorrir
nos braços
de uma ventania doce

foi meu céu que eu vi chorar
pelas naus
que seu amor
não trouxe

pois só a tua alma
traz a musica do mar,

e marulhar
neste teu doce realejo
no frescor dos teu abraços,
balbucio, deliro,
versejo...



by  DAVI CARTES ALVES

segunda-feira, 12 de julho de 2010

MARECHAL RONDON - A luta pela integração e pela causa indígena



Marechal Cândido Rondon


Um homem muito a frente do seu tempo, um brasileiro que pensou nas diversas facetas de uma integração que deve constituir-se modelo de um país que se pretende Grande, que se vislumbra Nação.

A palavra integração para o Marechal Rondon, foi uma palavra em cujas letras pulsam nervuras, sangue, suor, vida, alma, ternura, fé, paz, entrega e dedicação.

Um homem que mensurou, interpretou, e dignificou a alma tupiniquim em todas as suas essências, quer na sua potência desbravadora, quer na sua pureza selvagem, quer na sua refinada aristocracia, sondando as suas comezinhas vicissitudes ou amplificando e dando vida as suas homéricas ambições.

Na sua pacificação dos índios, ficou claro que além da vontade, da paixão, do estudo, do planejamento, faz-se necessário repassar as motivações na persuasiva alquimia da ternura, do amor, da brandura, da fé e perseverança, mostrando para os selvagens que o feitiço e a brutalidade dos deuses pode dobrar-se ao amor reclamado pela sensibilidade da criança que convalesce, sublinhando a perene frase: “a truculência é a arma dos estúpidos”.

Esta sua alquimia da paz, também foi muito valiosa ao contribuir com o consenso entre a Colômbia e o Peru que disputavam o território de Letícia.

Deste modo, quão importante é refletirmos nos expedientes tenazmente pacíficos usados pelo Marechal Cândido Rondon nos tratos com selvagens de tribos tão diversas e “espinhosas”, como os Bororos, Botocudos, Kaigangs, Umotinas, Parintimtims, Xavantes, conferindo-lhes dignidade honra e justiça.

Os preciosos princípios em que basearam suas ações , constituem-se hoje, uma generosa cesta da hospitalidade e dos recursos tão dispares e cativantes, tão necessária para a aproximação dos povos, tão recorrente no uso sábio da diplomacia e seu leque de virtudes tão imantadas.

Ademais, Marechal Rondon fez-se força motriz, a mola mestra, a pedra de toque de uma grande engrenagem especializada em confeccionar a fluência do progresso, através das comunicações, proporcionadas quer por novas estradas que sanearam e dissolveram os limites internos do país , quer por meio da inovadora ampliação do sistema de telégrafos que despertou nas áreas mais remotas e estéreis do Brasil, a polifonia do desenvolvimento e do progresso.

Não por acaso, Marechal Cândido Mariano da Silva Rondon, usufrui o mérito de ser laureado como um homem singular, pois muito mais do que rascunhar, esboçar e planejar, ele contribuiu com o efetivo surgimento do mapa de um Brasil genuíno, vitalício, uno e pacifico .

Portanto, que possamos fazer junto as novas gerações, um resgate da memória deste brasileiro de alma e ideais tão sublimes, imprimindo alto relevo ao seu nome, bem como em todo seu legado ímpar.



Redação enviada ao:

15º PRÊMIO NACIONAL - FUNDAÇÃO ASSIS CHATEAUBRIAND DE REDAÇÃO 2009 - Marechal Cândido Rondon : A luta pela integração nacional e a causa indígena.







  DAVI CARTES ALVES












sexta-feira, 9 de julho de 2010

Nos céus do meu olhar





Manhã de primavera
sem flor, sem aquarela
mar de cinzas
 esfarela
nos céus do meu olhar





DAVI CARTES ALVES















sábado, 3 de julho de 2010

A GINASTA


" Ela dança as fases da lua
tece vento e o ar rodopia
põe no colo os bichos das ruas
põe no chão quem quer correria
põe as mãos de alguém entre as suas
e é o nascer de um sol, mais um dia

Do aroma rosa da arte
ela extrai a cor da alegria
do lilás do olhar de quem parte
faz o azul de quem ficaria
do vermelho ardor do estandarte
o nascer de um sol, mais um dia

Tem a solidão do poeta
a paixão da chuva tardia
escultora da linha reta
que a luz percorre e esta via
salta do seu olho, é uma seta
o nascer do sol, mais um dia

São brilhos de estrelas na perna
e a noite que a estrela anuncia
a paixão é estranha caverna
quem tem medo e amor já sabia
uma noite nunca é eterna
é o nascer do sol, mais um dia

Ela pisa as ruas do tempo
já foi louca, princesa e Maria
faz de azul mais que cor, sentimento
mina d'água, azul, poesia
faz soar as rimas que invento
e é o nascer do sol, mais um dia"



Do poema  -  A Fada Azul

Composição de Oswaldo Montenegro