segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011
quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011
terça-feira, 22 de fevereiro de 2011
domingo, 20 de fevereiro de 2011
Girassol apaixonado
Lá vem você, no mesmo horário,
sob dulcificado pôr – do – sol
que veste-se de lírio
cabelos anelados
colhidos por singela tiara,
vestidinho floral
para os olhos embevecidos:
encanto & delirio
sorriso brincando
nos lábios feiticeiros
sapatinho anabela
graça faceira e pueril
vendo-a passar
pelo campo de girassóis,
o meu amarelinho preferido
enjeitado pela borboleta lilás
segue o teu desfile,
pendendo em sua direção,
para o sol da nossa alma
rebelde, inclina-se
rebelde, inclina-se
no contra-fluxo da sua irmandade
que reverência o astro supremo
findar no horizonte
DAVI CARTES ALVES
sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011
Anjos & Sereias
Indiferente ao rochedo frio, há horas recolheu-se na Pedra do Albatroz. Sentou-se naquela posição que lhe era peculiar, abraçando os joelhos, a cabeça baixa, taciturna. Não observa, bem acima, os rabiscos que as gaivotas fazem em um céu de amianto.
Não quer encarar o farol, quieto e soturno, como um gigante leve, irmão dos pássaros e das vagas, cativando os silêncios d’alma. Não quer reparar no vento penteando com força as crespas folhas de pequenas moitas valentes.
Mais abaixo, as ondas oferecem, languidamente, níveas colchas de alfenim aos pés do rochedo ríspido e imberbe.
De súbito, abre olhos e os sentidos já estão envolvidos em um canto sedutor.
Ergue a pesada cabeça, levanta-se atônito enfrentando camadas e camadas de carícias da cantilena que vem do mar e o alicia perturbadoramente.
Ensaia os primeiros passos descendo rumo ao imenso colchão de espuma, os olhos já enamorados, a alma derramando-se no balé das vagas, absorta em um brechó de sensações
Ensaia os primeiros passos descendo rumo ao imenso colchão de espuma, os olhos já enamorados, a alma derramando-se no balé das vagas, absorta em um brechó de sensações
e prazeres inefáveis.
A vista cambiante perde-se no elo sempiterno entre mar e firmamento. É doce e feiticeiro o realejo à maresia. Súbito, anjos irrompem a abóbada de amianto. Entre atentos e pressurosos, acompanham o canto em segunda voz.
O pescador sente como se lhe imprimissem n’alma, uma primeira demão dos sentidos que retornam. Olhos cansados. Cílios beijam-se suavemente. Enxuga as lágrimas e, faminto, recolhe os apetrechos.
Tempo de retornar à casa.
DAVI CARTES ALVES
segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011
quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011
terça-feira, 8 de fevereiro de 2011
A imortalidade do amor
Tua boca
tem sopro doce de luar
mas em minha alma
conjuga em chamas
o verbo amar
teu beijo
tem o mel da imortalidade
deixando a alma sublevar
entre sensações
da tenra idade
em meio a teus
labios & versos
sinto-me flutuar em espiral
na cadência de milhares de arraias
dentro de um balé suave
divinal
sentir-me
como pedras frias,
mas que no leito
dos teus braços & abraços
acordam dunas
areia clara, macia
teu corpo
és bojo macio de tulipa
a recender magnólias apaixonadas
tornando luminoso paraíso
meu taciturno mausoléu
faz-me sentir-se como Hermes
efusivo, altaneiro
a levar recados
a levar recados
entre a terra e o céu.
DAVI CARTES ALVES
segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011
domingo, 6 de fevereiro de 2011
quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011
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