sexta-feira, 29 de abril de 2011
Concurso Público - TRT MS - Resultado Final
Ver o nosso nome na lista
não tem preço
é poesia para os sentidos !
não tem preço
é poesia para os sentidos !
Resultado :
Mas ainda precisamos melhorar bastante !
15 de Maio é o TRT de Cuiabá - MT !
Minutinho concurseiro
nas searas da poesia.
DAVI CARTES ALVES
DAVI CARTES ALVES
quarta-feira, 27 de abril de 2011
Coração luar em chamas
Coração
luar em chamas
deslizando em arretmia
por tuas
searas de nirvanas
O primeiro pingo
da garoa nua
fez minh’alma
ser tão sua
banhar-se na maviosidade
dos teus rios de dor
sem imagens
incendiando-me
com tuas paisagens
evanescentes de amor
beijo de brisa que sulca
o pelo felino
riso menino
sob o som de violino
vestir-me de você nesta hora
hora escarlate
que transpassa
de amar e sonhar
no bojo tépido e macio
de uma bela acácia
tua alma traz a musica do mar,
marulhar no teu doce realejo
no frescor dos teu abraços,
balbucio, deliro,
versejo
nos teus braços
renascer em uma fonte
de generosa doçura
cárcere paradisíaco
quais flamingos alados
em ternura
Em meio aos teus lábios & versos
sinto-me flutuar em espiral
na cadência de milhares de arraias
dentro de um balé vertiginoso,
divinal
Em você
como nas mais raras e belas flores
só devem pousar borboletas
com multicoloridas asas de seda
e delicadas anteninhas de ouro
Suave presença
Quão maviosa!
Chegar assim
nesta doce intimidade solar
trazendo nas suas asas de amor
a fagueira calmaria do mar
como derramas n’alma
sob densas matizes
sua generosa cesta de cores.
és tão leve, tão luz, quão linda!
a pousar e repousar teus afetos
sobre os meus mais tênues sensores
faz-se toque entre cílios
feixe de gérberas
caldo de luar
reinventa num sopro melífluo
novas nuances para o verbo amar
faz-se beijo de brisa
cantinela de riachos
langoroso esvair-se da onda na areia
num que de ofertar
faz dos teus
mansos fulgores
em minhalma,
um perene palpitar.
O que continuará a existir sem você?
Pois quando o amor, generoso
derrama-se dos seus lábios sobre nós,
ele produz n’alma, o sublime frescor
de um novo
e orvalhado amanhecer
" sentir-me
como as pedras frias, duras
mas que
no leito dos teus braços & abraços
acordam dunas
areia clara, macia "
doce elegia
de querer-te
uma e muitas vezes
Será que há mais mel
no bojo da acácia
quanto na terna mansuetude
de seus belos olhos???
Será que há mais
delicadeza & sensualidade
nas curvas da tulipa escarlate
quanto na leveza sinuosa
de seu lindo talhe
coleante de prazeres???
tu me fez ver na queda
suave passo de dança
fez da tola ambição
e da nociva prepotência
ternura pura de criança.
Não será pelo teu sopro
que abrem-se as acácias
e sorriem as buganvílias
enamoradas?
Afinal quem é você?
que com os teus deleites
faz até mesmo
anjos & diamantes luminosos,
anoitecerem?
Tua boca
tem sopro doce de luar
mas em minha alma
conjuga em chamas
o verbo amar
teu beijo
tem o mel da imortalidade
faz a alma sublevar
entre sensações
da tenra idade
teu corpo
és bojo macio de tulipa
a recender frescor
de magnólias apaixonadas
vestindo de luminoso paraíso,
meu taciturno mausoléu
faz-me sentir-se Hermes
altaneiro, irrequieto
a levar recados
entre a terra e o céu.
Só você tem esse dom
de dizer em terra,
doçuras e delícias de um céu
que se usufrui
na maciez de uns olhos fagueiros
e a lembrança dos teus doces abraços
leveza que me envolve
em asas mansas
de pássaros apaixonados
declamando ao lusco-fusco
amores e dissabores
contemplados da triste janela
derramam num vôo brando
slides dos teus sorrisos
quais brisas de mil paraísos
seus lábios tão lírios
quão líricos
teus braços tão cisnes de amor
tua alma quão lua,
tão sua...
você
meu mar jovem de flor
derramas por taça de volúpias
seara de nirvanas
és minha linda borboleta
sedutora
sedutora
que pousa embevecida
em mar de chamas
hoje minhas borboletas tagarelas
sonharam novamente contigo
e acordaram cochichando em rubor
que só mesmo dos teus beijos maviosos
flui o mel do paraíso.
DAVI CARTES ALVES
segunda-feira, 25 de abril de 2011
sábado, 23 de abril de 2011
Teu olhar
Teu olhar
ouro doce de luar
mar manso
eterno remanso
meu deleite
na continuação de amar
teu olhar
sopro doce de luar
derrames de ternura
no conchego
de uma estrela meiga
maviosa
acolhedora
teu olhar
beijo doce de luar
cativas a vislumbrar o teu mel
em cálice de cílios
a debater-se submisso
na tua leveza
teus encantos
em fim aquietam-se
minhas fúrias, as tormentas
meus delírios
teu olhar
mar doce de luar
lacrimejando a paz macia
do verbo amar
Davi Cartes Alves
Imagem - Fiorella Mattheis
F
F
A magia das palavras
“ O primeiro alimento é a palavra.
Da concepção ao nascimento ela agasalha, reconforta, acarinha, (...)
Com sua marca indelével nos lembra o silêncio dos entardeceres. Destino, rosa suspensa, na esquina do coração. Estrela que se esqueceu de nascer.
A palavra é pulsante, ardilosa em suas teias de horizonte, difícil domá-la na arena do papel.
Doce de chuchu lambuza a alma? Um bule esmaltado fareja as manhãs? Lâminas de sal ferem? A pele do tempo sufoca? Que pássaros migram dos olhos da amada? Um céu de infinitos possui tímpanos de prazer? E as roupas sonolentas nos varais, quem as terá colocado? Os dados da angustia prevalecem? Quem fez o laço dos moinhos e deitou no ventre das pedras? A tarde é uma interrogação?
O grão se faz á medida para que a palavra exploda e o menor de seus fragmentos é vida.
Que pode oferecer o que trabalha a palavra, a não ser a própria palavra retransformada em casa, beijo, prego, anzol ou pedra de rio?
A palavra arde; a palavra fere, mastiga, tritura; a palavra brota; a palavra é grão; a palavra explode em veludo.
Carpir silencioso onde sequer a voz alcança, ventre onde o som debulha notas de trigo, a palavra gera.
Seremos dignos dela?
Surgem, as palavras, nas horas mais estranhas. Numa fria madrugada me acordam, me sacodem e dizem: Levanta-te e anda! E que faço senão obedecê-las? Tiritando, saio atrás de caneta e papel para registrá-las. No ônibus, na fila do Detran, na corrida no parque. Quando menos prevenido me encontro elas me encontram. (...)
Em outros momentos eu a procuro em desatino e ela não se revela. Busco a palavra certa para completar a frase perfeita e ela se esconde. E ela, feito mulher bonita e desejada, se enche de brios, se faz de gostosa, de difícil, e não cede. Sofrer por ela é quase como sofrer por um amor impossível.
Eu, palavrador, tenho feito delas uma companhia de muitas e muitas horas, entre um cálice de vinho e um concerto de Bach. Tenho, com elas, uma luta cotidiana. Com várias derrotas e algumas vitórias. Que as palavras, caros leitores, não se rendem por qualquer elogio. Não se entregam a um simples toque de dedos. São orgulhosas, as palavras. Conhecem o seu valor. Maravilhosamente carinhosas, as palavras, quando sabemos conquistá-las.
Elas se divertem com os escritores que pensam que as têm em seu poder. Riem daqueles que imaginam que elas estão a sua disposição em qualquer circunstância.
Mas se deliciam com os que entendem que uma palavra não é feita tão somente de símbolos e caracteres, mas que elas contêm segredos e artimanhas. Uma palavra, caros amigos, possui alma. Perversa com quem a desdenha; generosa com quem desvenda sua intimidade.
Eu, no meu ofício a respeito. Essa que se entrega e se deixa burilar, diamantemente esplendida e luminosa, por tantos escritores, o que me causa inveja. Essa que, de vez em quando, pousa em mim cheia de encantamento.
(...) a frase salta num repente e me toma, toda métrica e ritmo: Levantar-se a tempo de acordar o sol. Caminha até o banco e comigo retorna, grudenta sanguessuga, até que a faço repousar em um bloco.
É assim que se faz. Nada de magia, fórmulas milagrosas, inspiração divina, yoga, mentalização ou similar. Apenas, sensibilidade, imaginação e trabalho, muito trabalho.
A diferença entre uma pessoa dita normal e outra criativa é que esta possui, de forma pura e simples, percepção mais acurada, ou, conforme as palavras de Szent-Gyorgyi, essa pessoa possui a capacidade de ver o que todo mundo vê e pensar o que ninguém pensou.
Assim se escreve. Você lê, e muito; é imaginativo, observador; freqüenta ou não oficinas de literatura. Não mais que de repente, surge-lhe a idéia, o desenho dos personagens, o desenrolar da ação, o clímax. A sua frente o computador, a máquina datilográfica ou, simplesmente, o papel em branco e a esferográfica.
Em você, a receita e a técnica se complementam. E você as segue, minuciosamente, livro a livro. O resultado, claro, é encantador e merece aplausos. Mas (e como é importante este mas) se além de tudo você for um transgressor e possuir impetuosidade, destempero, ousadia, indignação, ao agregá-los à técnica atinge o nirvana.
Se definir o seu próprio idioma, haverá de transformar peixes em estrelas. E quando decifrar a alquimia das palavras, sem se preocupar em transformá-las, as transformará de forma tal e tão brilhante que haverá de se perpetuar. (Talvez o sucesso não aconteça de imediato. Normal.
Mas você é daqueles a quem o vento não dobra, vaso que não se quebra à primeira queda; você tem consciência de seu talento e, por isso, e por outros tantos motivos, há de perseverar. Bravos! Com toda a certeza que a vida permite, você o alcançará).
Escrever é um dom, segundo Domingos Pellegrini; não é mérito pessoal, mas herança humanitária. Honrar este dom com trabalho e ética, como em qualquer atividade humana, é o grande mérito.
Redescobrir a vida e sua melodia. Perceber a sutileza do espanto e empalmá-lo. Destravar o carro e deixá-lo ao sabor das correntezas sentindo o vento cortar a pele, certos de que, ao fim e ao cabo, haverá, sempre haverá, a magia das palavras e o deslumbre de quem prova e sente o maravilhoso sabor de cada um de todos os dias.
Alguns o conseguem, outros não. Àqueles, seja qual for o grau, é dado olhar o pôr-do-sol através da tempestade. Meter as mãos no barro e transformá-lo em tulipas.
Redescobrir a vida e sua melodia. Perceber a sutileza do espanto e empalmá-lo. Destravar o carro e deixá-lo ao sabor das correntezas sentindo o vento cortar a pele, certos de que, ao fim e ao cabo, haverá, sempre haverá, a magia das palavras e o deslumbre de quem prova e sente o maravilhoso sabor de cada um de todos os dias.
Alguém se habilita? (...)"
Texto de - Sergio Napp - Escritor Brasileiro
Rascunho - Jornal de Literatura
Dezembro 2009
quinta-feira, 21 de abril de 2011
Alma Flamenca
Chama cambiante,
salamandra irrequieta,
vulto-sopro sensual
a desferir laminas & volúpias
costurados em vestido,
seda escarlate
bela dançarina flamenca,
sapateias na voraz ilusão
de possuir-te,
sou teu emudecido espectador
enternecido camponês madrilenho
na viril multidão estupefata,
petrificada
alma ferina, charme provocante,
meneios e requebros asfixiantes
ritmo vigoroso, estonteante
olhares fulminantes de desprezo,
hipnose
num enlear-se apaixonante
partis-te meu coração ao meio
e fizestes dele
castanholas escarlates
a produzir musicalidade vigorosa,
causticante n’alma
palpitante rosa cálida
dardejando nos sentidos
tuas pétalas de fogo
qual revoada
de pássaros incendiados
tua presença embevece,
engolfa-me
em delirius & devaneios
na maviosa sonoridade
que enfeitiça e emudece
cravos imprestáveis,
touros indomáveis,
na arena milenar
nos confins
da Andaluzia.
da Andaluzia.
Davi Cartes Alves
domingo, 17 de abril de 2011
Tarde de neon
Seixo
não há como separar
nossos lábios
quando pronunciamos a palavra
beijo
É quando danço
e me requebro
nas notas longínquas
do teu realejo
do teu realejo
Haverá tão intenso mar
na doçura de um olhar?
Dobrar o véu calmamente
trocar a água das rosas
o mertiolate para asas feridas
segurar em vão
as lágrimas
que zombam das cores
de qualquer verão
Quando ela chega
tão bela
tão bela
em slow motion
faz do óculos de sol
uma tiara,
e´quando preciso trocar
novamente
o curativo no coração
Cães espreguiçam-se
no ponto de ônibus
quando pergunto bem forte:
quando pergunto bem forte:
Daeee???
Levantam as cabeças em uníssono
ladrando o amor
em sonhos de pedra
revolvendo-se
no canil das almas
Perder os banhos do teu sorriso
fugir dos teus encantos
e esconder-me
no brechó
das estrelas anãs
Os cangurus e a
Yelena Gadzhievna Isinbayeva
também erram o pulo
O que dizer de mim?
Restou-me clamar a ti
das nuvens de um bonsai
Ela sorriu leve
ao receber suas longas asas
em azul diáfano
numa caixinha de papel Kraft
A beleza
marchetada de torpor
duas cervejas sorrindo
na caixinha de Isopor
haverá luz suficiente
para os candelabros
do nosso amor?
Somos frágeis demais nessa noite
lembra
anjos de areia atacaram sua lua
naquele fim de outono febril
uma dose de vida eterna
sem gelo, por favor
quando irrompem
os rebanhos de lágrimas
por sonhar um dia
com o teu amor
as lontras de olhinhos tristes
pressurosas, perguntam:
a paz que há nos olhos do boi,
existe?
Haverá tão intenso mar
Na angustia de um olhar
A frigideira grita enlouquecida
porque as vezes
um bife só não basta
pra quem chegou da guerra
um bife só não basta
pra quem chegou da guerra
“ por mais francês
que seja o seu perfume
é ainda a carne assada
que importa
em muitos momentos”
“ busque a paz,
e empenhe-se por ela
1 pedro 3:13”
Davi Cartes Alves
Imagem Google
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sexta-feira, 15 de abril de 2011
Bailarina
Alva flor do mais puro encanto
leveza, prazer, acalanto
fascínio, graciosidade e pra tanto
ritual de reverente espanto
és maviosa bailarina
brisa a produzir com ternura
mosaicos e enredos pro amor
és mel no meu dissabor
esvoaçante
quão linda menina
bela imagem
bela imagem
confeita em rima
és flutuante bailarina
na graça
e no deslumbramento
em volteios
sissones, piruetas,
meneios
no tablado
de um coração prisioneiro
aplausos, assovios, mil vozes
sob suave vôo quão bela
nivea borboleta
de sapatilha amarela
tão brilhante
no balé quebra-nozes
és sopro nas cores do amor
és mel no meu dissabor
esvoaçante quão linda menina
és suave bailarina
DAVI CARTES ALVES
quarta-feira, 13 de abril de 2011
segunda-feira, 11 de abril de 2011
A imortalidade do amor
Tua boca
tem sopro doce de luar
mas em minha alma
conjuga em chamas
o verbo amar
teu beijo
tem o mel da imortalidade
faz a alma sublevar
entre as suaves sensações
da tenra idade
teu corpo
és bojo macio de tulipa
a recender frescor
de magnólias apaixonadas
banhando em luminoso paraíso,
meu taciturno mausoléu
faz-me sentir-se como Hermes
altaneiro, irrequieto
a levar recados
entre a terra e o céu.
hoje minhas borboletas tagarelas
sonharam novamente contigo
e acordaram cochichando em rubor
que só mesmo
dos teus beijos maviosos
flui o mel do paraíso.
DAVI CARTES ALVES
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