“ Nhorinhá , florzinha amarela no chão
(..) e tudo nesse mundo podia ser beleza”
“ graça de carinha, e riso e boca
os compridos cabelos, num esquadro de janela”
“ tudo o que era corpo era bom cansaço”
“ aquela visão de pássaros, aquele assunto de Deus”
“ a flor do amor tem muitos nomes”
“ aquilo é poço que promete peixe”
“ como em fala de livros o senhor sabe ,
bel ver, bel fazer, bel amar
bel ver, bel fazer, bel amar
o que uma mocinha assim governa,
sem precisão de armas e galope "
sem precisão de armas e galope "
"a espécie do que senti, o sol entrado”
“ saí de lá aos grandes cantos, tempo de verde no coração,
numa alegria feito nuvem de abelhas em flor de araça”
“ o sol em pulo de avanço”
“ amigo é o braço e o aço,
eu gostava dele na alma dos olhos”
" Riobaldo, a colheita é comum, mas o capinar é sozinho"
eu gostava dele na alma dos olhos”
" Riobaldo, a colheita é comum, mas o capinar é sozinho"
“ Falavam os rifles, festa de guerra...”
“ aquele homem fazia frio feito caramujo parado na sombra”
“ pedia biz, pedia triz, Deus governa grandeza”
“ daquela mão eu recebia certezas”
“ o luar que põe a noite inchada”
" na cama daqueles desertos sem pássaros"
“ O Reinaldo disse : Era, mas o dito assim botava surpresa. E a macieza da voz, o bem querer sem propósito, o caprichado do ser, e tudo num homem de armas, bem jagunço”
“ só um bom tocado de viola é que podia remir a vivez de tudo aquilo”
“ águas pra fazerem minha sede”
“ a luz da candeia bailante, feito formosura de moça”
“ trabucar duro pra dormir bem”
“ Ah! mas com ele até o feio de guerra podia alguma alegria, tecia seu divertimento”
“ como Zé Bebelo simplificava os olhos”
“ O azeite da lua (..) com foras e auroras
e deu aquele vento trazedor: chegou a chuva”
“ A parança se foi numa vereda sem nome nem fama,
corguinho deitado demais, de água muito simplificada”
“ a gente só sabe bem, aquilo que não entende”
“ Titão Passos esperava desolhadamente (...)
tão sério, com as mãos ajuntadas em frente da barriga,
só esperando o nada virar coisas”
“ reinou zoeira de folia, eu estava que impava,
a gente estava desagasalhado na alegria,
feito meninos”
“ O rio desmazelado, livre, rolador”
“ o que é de paz, cresce por si, (...)
quando a gente dorme , vira tudo,
vira pedra, vira flor”
“ naqueles olhos e tanto de Diadorim, o verde mudava sempre,
com a água de todos os rios em seus lugares ensombrados(...)
eu sendo água me bebeu,
eu sendo capim me pisou,
e me ressoprou eu sendo cinza”
“ saudades, dessas que respondem ao vento,
saudade dos Gerais, aquilo me transformava,
me fazia crescer de um modo,
que doía e aprazia”
“ que no céu só vi tudo quieto, só um moído de nuvens(...)
e tantas cordas de chuvas esfriavam as cacundas daquela serra”
“ uma musiquinha até que podia ser dançada,
só o debulhadinho de purezas, de virar-virar”
“ Otacília sendo forte como a paz,
feito aqueles largos remansos do Urucuía”
“ a liberdade é assim, movimentação”
“ Aquele mundo de fazenda, sumindo nos sussurros, os trastes grandes,
(...) a cal nas paredes idosas, o bolor”
“ alembrado de que no hotel e nas casas da família, na Januária, se usa toalha pequena de se enxugar os pés, e se conversa bem. Desejei foi conhecer o pessoal sensato, uns em seus pagáveis trabalhos, outros em seus descansos comedidos, o povo morador(...)
a passeata das bonitas moças , uma flor airada
enfeitando o espírito daqueles cabelos tão certos”
" cabem é no brilho da noite, aragem do sagrado, absolutas estrelas"
" na coruja, um retiro taperado (...) que mesmo como coruja era , de tristes gargalhadas, porque a suindara é tão linda, nela tudo é cor que nem tem comparação nenhuma, por cima dos riscos, sedas de brancura "
" a gente se comportava, de parar ali, envelhecendo os dias"
" a mó do moinho, que nela não caindo o que moer, mói assim mesmo, si mesmo, mói, mói..."
" Olhei para cima: pegaram nas nuvens do céu com mãos de azul"
" a gente muito rimos todos"
" Como os rios não dormem. O rio não quer ir a nenhuma parte, ele quer chegar a ser mais grosso, mais fundo..."
" O mundo meus filhos é longe daqui!
" Ah! Essas estradas de chão branco que dão mais assuntos á luz das estrelas"
" razão e feijão todo dia dão de renovar"
" Para ele por pobreza, tirei meu chapéu e conversei com pausas"
" O sertão é confusão em grande e demasiado sossego"
" Pouco se vive, muito se vê"
" Porque a vida é mutirão de todos, por todos remexida e temperada"
" mas eu tinha conseguido encher em mim causas enormes"
" conselho de amigo se merece por ser leve ,feito aragem de tardinha palmeando em lume d'água"
" me lembrei da luzinha de meio mel, no demorar de olhares dela, (...) a docicez da voz, os olhos tão em sonhos"
" remei minhas perguntas,
o sertão não tem janelas nem portas, e a regra é assim:
Ou o senhor bendito governa o sertão, ou o sertão maldito vos governa "
" um lugar conhecia o outro é por calúnias e falsos levantados, as pessoas também, nessa vida "
" a gente gastou o entendido, mas muito razoável falou "
" o contrato de coragem de guerreiros (...) não é com dares e tomares "
" a vida é um vago variado, a vida é muito discordata. Tem partes, tem artes, tem as neblinas de Siruiz, tem as caras todas do cão, e as vertentes do viver"
" Um primeiro sono sim, o resto foi ondas. Reprazer crú dessa espiritação, eu ardia em mim em satisfa contente, feito fosse véspera duma patuscada "
" Eu só não me desconheci, porque bebi de mim esses mares"
" ali tinha carrapato (...) que é que chupavam por seu miudinho viver ? "
" aquilo que de chuvas de flor dói em branco "
" Treciziano, o bruto . Era fraco de paciência, pra falar a ele só a cajado! E pegou a malucar? "
" Na cintura a tiracol (...) se arranjou para ela par de alpercatas (...) pudesse até com as unhas dos pés me matava"
" Mas os olhos diferiam de tudo, eram pretos repentinos e duráveis, escuros secados de toda boa água"
" Ser chefe as vezes é isso: que se tem de carregar cobras na sacola, sem concessão de se matar"
" a esses muitos desertos com gentinha pobrejando"
" Olhei para cima: pegaram nas nuvens do céu com mãos de azul"
" a gente muito rimos todos"
" Como os rios não dormem. O rio não quer ir a nenhuma parte, ele quer chegar a ser mais grosso, mais fundo..."
" O mundo meus filhos é longe daqui!
" Ah! Essas estradas de chão branco que dão mais assuntos á luz das estrelas"
" razão e feijão todo dia dão de renovar"
" Para ele por pobreza, tirei meu chapéu e conversei com pausas"
" O sertão é confusão em grande e demasiado sossego"
" Pouco se vive, muito se vê"
" Porque a vida é mutirão de todos, por todos remexida e temperada"
" mas eu tinha conseguido encher em mim causas enormes"
" conselho de amigo se merece por ser leve ,feito aragem de tardinha palmeando em lume d'água"
" me lembrei da luzinha de meio mel, no demorar de olhares dela, (...) a docicez da voz, os olhos tão em sonhos"
" remei minhas perguntas,
o sertão não tem janelas nem portas, e a regra é assim:
Ou o senhor bendito governa o sertão, ou o sertão maldito vos governa "
" um lugar conhecia o outro é por calúnias e falsos levantados, as pessoas também, nessa vida "
" a gente gastou o entendido, mas muito razoável falou "
" o contrato de coragem de guerreiros (...) não é com dares e tomares "
" a vida é um vago variado, a vida é muito discordata. Tem partes, tem artes, tem as neblinas de Siruiz, tem as caras todas do cão, e as vertentes do viver"
" Um primeiro sono sim, o resto foi ondas. Reprazer crú dessa espiritação, eu ardia em mim em satisfa contente, feito fosse véspera duma patuscada "
" Eu só não me desconheci, porque bebi de mim esses mares"
" ali tinha carrapato (...) que é que chupavam por seu miudinho viver ? "
" aquilo que de chuvas de flor dói em branco "
" Treciziano, o bruto . Era fraco de paciência, pra falar a ele só a cajado! E pegou a malucar? "
" Na cintura a tiracol (...) se arranjou para ela par de alpercatas (...) pudesse até com as unhas dos pés me matava"
" Mas os olhos diferiam de tudo, eram pretos repentinos e duráveis, escuros secados de toda boa água"
" Ser chefe as vezes é isso: que se tem de carregar cobras na sacola, sem concessão de se matar"
" a esses muitos desertos com gentinha pobrejando"
" de ser o Felisberto, o que por ter uma bala introduzida na cabeça vez em quando todo verdeava verdejante, como ja foi dito. Então elas duas pensaram em se mandar o Felisberto entrar para provar do café também, dando que não é justo ficar um desconfortado no sereno, enquanto outros se acontecem (...) no sertão tem de tudo "
" - o sertão é bom?
- o sertão não é malino nem caridoso, mano oh mano! Ele tira ou dá, ou agrada ou amarga, ao senhor... "
" Quantas coisas terríveis o vento das nuvens havia de desmanchar, para não se sucederem?
(...) O sertão não chama nimguém as claras, mais porém se esconde e acena, de repente o sertão se estremeci debaixo da gente "
" eu aguentei tudo que é cão e leão "
" lá o ar é repouso (...) sossego traz desejos"
" de Nhorinhá , casada com muitos, e que sempre amanheceu flor"
" e os olhos água-mel em verdolências que me esqueciam em Goiás"
" céu há, com esplendor, e aqui beleza de mulher, que é sede "
" sertão sendo do sol e os pássaros que sempre voam, ás imensidões, por sobre travessia perigosa, mas é a da vida, (...) bambas asas"
" Tuscaminho Caramé, que cantava bonita voz, algûa cantiga sentimental "
" vão da noite, quando o mato pega a adquirir rumôres de sossegação"
" e de miúdo eu dava de comer a minha alegria"
" e agora se tem, que dê? A pois."
" só comandei, comandei o mundo, que desmanchando todo estava. Que comandar é só assim: ficar quieto e ter mais coragem"
" se não virei deus, também com o demo não me peguei"
" Macambira das estrelas
quem te deu tantos espinhos?
" madrugada de meia-noite a lua ja estava muito deduzida,
o morro e o mato misturados"
" Quem sabe o que estas pedras em derredor estão aquecendo? E que uma hora vão transformar? De dentro da dureza delas, como pássaro nascido?
Só vejo segredos" (...) como cachorros correndo os ventos"
" Ainda vi com ele, com a mão tão suave em paz, e tão firme em guerra"
" somente foguinhozinho avoável assim azulmente"
" o ninho deles tão reduzido em artinha "
" cá o céu tomou as tintas"
" o amor, pássaro que põe ovos de ferro"
" Sei o grande sertão? Sertão: Quem sabe dele é urubu, gavião, gaivota, esses pássaros, eles estão sempre no alto, apalpando ares com pendurado pé, com o olhar remedindo a alegria e as misérias todas "
" sertanejos mire e veja: o sertão é uma espera enorme"
" era uma noite de toda fundura"
" se podia nadar no sol"
" as árvores com gotejos"
" Perto de mim veio grão de aço, tudo ali era maldição, as sementes de matar"
" O querer bem da gente se despedindo feito riso e soluço, nesse meio de vida"
" Epa chefe! Respondi! Eh, êpa! "
" O sertão me produziu, depois me enguliu, depois me guspiu , do quente da boca"
" Ia indo nu, nu, feito perna de jaburu"
" jaburú e galinhol e garça-branca, a garça - rosada que repassa em extensa no ar, feito vestido de mulher"
" As horas é que formam o longe"
" onde tem cachoeira de escadinha"
" O menino Guirigó (...) ele era um menino, o cego Borromeu fechava os olhos. Tive pena. Eu disse: vocês tem paciência, meus filhos, o mundo é meu mais é demorado "
" Ah , o senhor pensa que morte é choro e sofisma.
Terra funda e ossos quietos "
" mesmo o que vi, aquele mexinflól"
" No céu um pano de nuvens,
subi os abismos,
eu estou
depois das tempestades"
" a senhora conheça dona, um homem domõiado que foi, mas que já começou a feder, retalhado na virtude do ferro"
" Que Diadorim era o corpo de uma mulher, moça perfeita... Estarreci. A dôr não pode mais do que a surpresa"
" O senhor vai ver, pessoa de tal rareza, como perto dele todo mundo para sossegado e sorridente e bondoso"
" O rio Abaeté, que é entristecedor de belo"
" No tempo de maio quando o algodão lalã, tudo branquinho"
" O diabo não há! É o que eu digo, (...) Existe é homem humano. Travessia"
O senhor... Mire veja: o mais importante e bonito, do mundo é isto: que as pessoas não estão sempre iguais, ainda não foram terminadas – mas que elas vão sempre mudando. Afinam ou desafinam. Verdade maior. É o que a vida me ensinou. Isso me alegra, um montão
“ sertão
é dentro da gente”
é dentro da gente”
Grande Sertão Veredas - João Guimarães Rosa