segunda-feira, 21 de outubro de 2013

Termos Jurídicos em Inglês






A dica de hoje é mais uma contribuição do nosso amigo Marçal Couceiro. Ele já escreveu outras dicas sobre termos jurídicos em inglês. Se você ainda não as leu, é só ficar de olho nas demais dicas recomendadas ao longo desta dica aqui. Tenho certeza que você gostarão.

Antes, porém, lembro a todos os leitores e leitoras do Inglês na Ponta da Língua que continua a promoção de três super ebooks com dicas de inglês. Para saber que ebooks são esses e como tê-los, clique aqui. Você não vai querer perder essa oportunidade. Agora vamos à nossa dica sobre termos jurídicos em inglês de hoje.
 
Já demos aqui anteriormente dicas sobre as profissões jurídicas. Ou seja, você já aprendeu:
Portanto, chegou a hora de por a mão na massa. Vamos aprender um pouquinho e de modo bem simples os termos da tríade processual e, assim, ampliar o nosso vocabulário de termos jurídicos em inglês. Vamos lá!


Pois bem! Suponhamos que você, após ter passado no Bar Exam (exame da ordem), se tornou um Attorney e recém inaugurou sua Law Firm (escritório de advocacia).
No seu primeiro legal case (caso), você começa a se perguntar qual será the first step to take (o primeiro passo a tomar). Então, assim como no Brasil, a primeira medida é fazer com que seu cliente assine a chamada Power of Attorney.A Power of Attorney é o documento que possibilitará a você representar o cliente em juízo. Em português, a Power of Attorney equivale ao que chamamos de Procuração. 



Com o Power of Attorney devidamente assinada e reconhecida, você está apto a elaborar a sua complaint (queixa, petição inicial). Após essa etapa de produção, você deverá file the complaint (registrar a petição/queixa). [Leia também: Como dizer Prestar Queixa em Inglês?]
Lembramos que nesse caso você representa o plaintiff (autor da ação), enquanto do outro lado estará o defendant (réu). Passado isto, o plaintiff receberá a summons (notificação, intimação) e deverá apresentar sua answer ou response (contestação).


Daí em diante as coisas prosseguem. Mas, a tríade processual está formada. Você já tem aí algumas palavras para aprender e pesquisar mais a respeito. Então, vamos parar por aqui! Na próxima dica de termos jurídico em inglês falaremos da instrução processual. Mas, caso você queira aprender mais termos jurídicos em inglês, leia a dica Termos do Direito em Inglês. É isso! Até a próxima.
Fontes:
» Luciana Carvalho Fonseca – coluna Migalaw English
» Cambridge Dictionary Online




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terça-feira, 15 de outubro de 2013

coraçãozinho de doce de abóbora








coraçãozinho
 de doce de abóbora
não desperdice o sal das rosas
mais um chá para as borboletas ?

sinta o
suave beijo lunar
confeito
em pétalas & brisas
que sensibiliza
ilumina

 
e pulsa o amor
soprando rimas





DAVI CARTES ALVES






evidências









"A poesia é apenas a evidência da vida,
Se sua vida está queimando bem,
 a poesia é só a cinza" -




LEONARD COHEN









Antecedentes de Salomé: a Salomé de Oscar Wilde






Salome dancing before Herod / Gustave Moreau, 1876 





A primeira aparição de Salomé no mundo literário foi no Evangelho de Mateus. Mateus conta que Herodes pediu que a filha de Herodias dançasse para ele no seu aniversário. Ao agradar o rei, ele ofereceu à garota qualquer recompensa que desejasse. Herodias incitou sua filha a pedir a cabeça de João Batista numa bandeja. A cabeça foi trazida num prato e dada à jovem, e ela a levou a sua mãe. Mateus nem preocupa-se em nos dar o nome de Salomé.


A figura de Salomé e seus sete véus fascina artistas e escritores há séculos — e nunca tanto quanto no século XIX. O Drama de Wilde, Salomé, no qual a ópera de Strauss está baseada, segue os passos de outros poemas, romances e pinturas importantes de Salomé. Wilde certamente conheceu o Atta Troll de Heinrich Heine; poema escrito em 1841 de grande popularidade na França. No poema, é Herodias quem se apaixona por Jochanaan e quem beija a cabeça decepada. Gustav Flaubert escreveu uma versão objetiva, em terceira pessoa, que Wilde muito admirava. O poema Herodiade do simbolista Stéphane Mallarmé, que explora o casamento de Herodes e Herodias, também influenciou Wilde, bem como A Rebours, de J.K. Huysmans.


Wilde possuía uma compreensão substancial sobre a representação de Salomé no mundo artístico ocidental, mas sempre tinha alguma ressalva negativa sobre a interpretação do tema por alguns artistas. Ele pensava que a Salomé de Rubens era uma ‘apoplética Maritornes’; a Salomé de Leonardo era extremamente impalpável e a célebre Salomé de Regnault, uma simples “cigana”. Somente a famosa exibição parisiense com pinturas da Salomé de Gustav Moreau satisfez o escritor.  


A versão da história contada por Wilde tem suas origens em dezembro de 1891, quando Wilde e uma grupo de escritores franceses discutiam Salomé num café de Paris. Wilde começou a trabalhar imediatamente em Salomé ao regressar à casa. Poucas horas depois, ele havia terminado grande parte da peça. A lenda diz que Wilde, naquela mesma noite, se dirigiu a um bar na vizinhança e pediu à banda da casa para tocar uma música que evocasse “uma mulher descalça, dançando sobre o sangue de um homem a quem ela desejava e matou”.   


A Salomé de Wilde é uma personagem extraordinariamente dual. Por um lado, Wilde acreditava que ela era a incorporação da sensualidade — ele contou que, enquanto escrevia Salomé, passava por joalherias nas ruas de Paris e contemplava como adornar sua personagem. Esse mesmo ser sensual era, para Wilde, agressivo e cruel, com uma libido insaciável. Ele imaginava Sarah Bernhardt no papel principal (no fim das contas, a atriz foi impedida pela censura francesa de interpretar o papel). Mas Wilde também vislumbrava uma Salomé divina e pura —imagem provavelmente inspirada por uma pintura de Bernardo Luini. Para Wilde, Salomé tornou-se a combinação de um ser sensual, infantil e divino somado à força destrutiva da natureza.
   

Wilde tinha forte afinidade com o movimento de arte simbolista, influencia explícita em Salomé. O poeta Mallarmé, um dos líderes do movimento simbolista, afirmava que a tarefa da poesia era revelar e cristalizar as formas essenciais que se escondem dentro da realidade. Simbolistas acreditavam que somente através dos símbolos o homem poderia alcançar as verdades incompreensíveis, chegando assim à transcendência.  


Um dos símbolos mais famosos de Salomé é a lua e quase todas as personagens do drama fazem menção ao satélite. O confuso Narraboth vê a lua como uma princesa encantadora, a personificação de Salomé; o pajem de Herodias vê a lua como uma mulher morta. Para Salomé, a lua é uma deusa casta que nunca se rebaixou aos homens enquanto que para Herodes, é como “uma mulher louca, uma mulher louca que busca amantes por todas as partes”. E a banal Herodias desdenha: “a lua é como a lua e só.” Através da repetição e variação, o símbolo começa a repercutir e ganhar maior significância.  


Wilde também estava afiliado com o movimento de arte decadista, o qual compartilhava seu conceito de arte pela arte. No prefácio do Retrato de Dorian Gray, Wilde faz a seguinte declaração sobre a procura do “belo” e da arte:


Aqueles que encontram o feio nas coisas belas estão corrompidos sem serem charmosos. Isso é um defeito.

Aqueles que encontram o belo nas coisas belas são os cultos. Para estes há esperança.

Estes são os escolhidos para quem as coisas belas significam somente Beleza.


Wilde fez um espetáculo para o mundo ver de sua crença de que toda a arte é inútil e de que tudo o que importa são as aparências. Em grande parte, o escritor sofreu por causa de suas idéias; seu desafio explícito aos ideais vitorianos de repreensão e decência o levou à censura e conseqüente aprisionamento.  


O drama Salomé foi concluído em janeiro de 1892, depois que Wilde retornou à Inglaterra. Foi traduzido do seu original em francês para o inglês pelo Lorde Alfred Douglas. A peça já estava sendo ensaiada há duas semanas quando a comissão do Lorde Chamberlain censurou o trabalho (sob a desculpa de que a representação de cenas bíblicas não era permitida). George Bernard Shaw e William Archer defenderam a peça, mas ficou evidente que Salomé não tinha que ser estreada na Inglaterra. Wilde ameaçou imigrar para a França e adiantou seus planos para a publicação da peça em inglês. A peça foi finalmente estreada em Paris, em 1896; Wilde não estava presente. O escritor estava servindo uma sentença de trabalho forçado em Reading Goal. Em 1909, a peça tinha sido traduzida para quase todos os idiomas europeus. Atualmente é a mais famosa versão dramática da estória de Salomé. 
(retirado do site "Metropolitan Opera Internacional Radio")

http://archive.operainfo.org/broadcast/operaBackground.cgi?id=92&language=4











 

Ulisses e as Sereias










John Waterhouse - Ulisses e as Sereias







Comprovação de que mesmo meios insuficientes, e até infantis, podem conduzir à salvação.

A fim de proteger-se das sereias, Ulisses entupiu os ouvidos de cera e mandou que o acorrentassem com firmeza ao mastro. É claro que, desde sempre, todos os outros viajantes teriam podido fazer o mesmo (a não ser aqueles aos quais as sereias atraíam já desde muito longe), mas o mundo todo sabia que de nada adiantava fazê-lo. O canto das sereias impregnava tudo - que dirá um punhado de cera -, e a paixão dos seduzidos teria arrebentado muito mais do que correntes e mastro. Nisso, porém, Ulisses nem pensava, embora talvez já tivesse ouvido falar a respeito; confiava plenamente no punhado de cera e no feixe de correntes, e, munido de inocente alegria com os meiozinhos de que dispunha, partiu ao encontro das sereias.

As sereias, porém, possuem uma arma ainda mais terrível do que seu canto: seu silêncio. É certo que nunca aconteceu, mas seria talvez concebível que alguém tivesse se salvado de seu canto; de seu silêncio, jamais. O sentimento de tê-las vencido com as próprias forças, a avassaladora arrogância daí resultante, nada neste mundo é capaz de conter.

E, de fato, essas poderosas cantoras não cantaram quando Ulisses chegou, seja porque acreditassem que só o silêncio poderia com tal opositor, seja porque a visão da bem-aventurança no rosto de Ulisses - que não pensava senão em cera e correntes - as tenha feito esquecer todo o canto.

Ulisses, contudo, e por assim dizer, não ouviu-lhes o silêncio; acreditou que estivessem cantando e que somente ele estivesse a salvo de ouvi-las; com um olhar fugaz, observou primeiro as curvas de seus pescoços, o respirar fundo, os olhos cheios de lágrimas, a boca semi-aberta; mas acreditou que tudo aquilo fizesse parte das árias soando inaudíveis ao seu redor. Logo, porém, tudo deslizou por seu olhar perdido na distância; as sereias literalmente desapareceram, e, justo quando estava mais próximo delas, ele já nem mais sabia de sua existência.

Elas, por sua vez, mais belas do que nunca, esticavam-se, giravam o corpo, deixavam os cabelos horripilantes soprar livres ao vento, soltando as garras na rocha; não queriam mais seduzir, mas somente apanhar ainda, pelo máximo de tempo possível, o reflexo dos grandes olhos de Ulisses.

Se as sereias tivessem consciência, teriam sido aniquiladas então; mas permaneceram: Ulisses, no entanto, escapou-lhes.

Dessa história, porém, transmitiu-se ainda um apêndice. Diz-se que Ulisses era tão astuto, uma tal raposa, que nem mesmo a deusa do destino logrou penetrar em seu íntimo; embora isto já não seja compreensível ao intelecto humano, talvez ele tenha de fato percebido que as sereias estavam mudas, tendo então, de certo modo, oferecido a elas e aos deuses toda a simulação acima tão-somente como um escudo.



 Franz Kafka


23 de outubro de 1917
tradução de Modesto Carone






Antiga charada inglesa









"Fui numa hora uma velha lívida,
Um homem claro, uma menina nova,
Flutuei sobre a espuma, voei com os pássaros,
Mergulhei na onda, morri entre os peixes,
E viva caminhei sobre a terra"

......................

"I was in one hour an ashen crone
A fair-faced man, a fresh girl,
Floated on foam, flew with birds,
Under the wave dived, dead among fish,
And walked upon land a living soul" 








imagem - Galatea / Russ Horseman







 

domingo, 6 de outubro de 2013

Um pouco mais de poesia










Um oásis de carne ardente
plantado no deserto dos homens,
suas mãos brancas
eram o único cântico das manhãs
semente de tudo
a luz crua dos astros 
precipitados no chão...





trecho da bela poesia de:

João Manuel Simões