“... teoria do poeta sórdido. Falamos aqui do poeta em seu sentido mais amplo, sentido este que transcende o do simples fabricante de versos: trata-se daquele cuja escrita traz um conteúdo estético que atravessa os textos, utilizando diferentes formas de expressões artísticas.”
“... quer seja em prosa, em versos, em fragmentos, em reportagens, em desabafos ou em crítica militante. Esse poeta soube fazer o leitor satisfeito de si dar o desespero...” “porque, como a nódoa de lama na roupa de brim branco muito bem engomada”, lá esta a vida, impregnada de suas contradições e desesperos, lutas e utopias.”
Trechos da resenha do livro: Melhores Contos de Fausto Wolff, para o jornal Rascunho.
“... na iminência de qualquer extravasar, já teria vazado sempre, sobre e sob nós, a realidade que convida a ouvir raízes, folhas, lama, trabalho de caranguejo”
A amorosa escritura de Maria Dolores Wanderley dá-se nessa construção dialógica e poética da vida que “pousa cores no jardim e dimensiona volumes e texturas... que se vê gigante pelas frestas”.
“Tudo é passível de brotos
basta um fio de ternura persistindo.”
Trechos da resenha do livro A duna intacta de Maria Dolores Wanderley, para o jornal Rascunho.
“O café é mais intelectual – o chá mais espiritual”
Texto emoldurado no QUINTANA café & restaurante – Curitiba.Pr
“Há homens fluviais, aqueles que fertilizam várias gerações com suas idéias.”
Trecho da resenha do livro: O Reacionário de Nelson Rodriguez, para o jornal Rascunho.
“O amor é a poesia dos sentidos”
“O otimismo é a saúde da alma”
William James
“ Não me olhe de banda
Que não sou quitanda
Não me olhe de lado
Que não sou melado”
“ mais na frente uma lagoa branquejava de luar”
“a vista era quieta e muito suave por causa da agüinha cantando o acalanto dos pobres”
“faz três dias que não como
semana que não escarro
Adão foi feito de barro
sobrinho me dá um cigarro”
“ caiu de novo na lagoa com risadinhas dos pingos”
“ quem conta história de dia, cria rabo de cutia”
“ quem não trabuca, não manduca”
“ que me diz, perdiz!”
“ canudo que tem pimenta, guarda o ardume”
“ as estrelas estavam rutilantes como lágrimas ardentes”
Acima,
Trechos extraídos da leitura de Macunaíma – Mario de Andrade
poesiasegirassois.blogspot.com
domingo, 30 de novembro de 2008
AFAGOS
Com saudades,
lembrei-me
dos teus afagos
doces canções de ninar
e quase sem perceber, peguei no...
choro.
lembrei-me
dos teus afagos
doces canções de ninar
e quase sem perceber, peguei no...
choro.
ALVORADA DE TERNURAS
Tens uma presença tão sublime
como se a cada piscar de olhos
a cada beijo desses seus lindos cílios
renova-se em sua alma
doce frescor de amanhecer
generosa alvorada,
de ternuras.
como se a cada piscar de olhos
a cada beijo desses seus lindos cílios
renova-se em sua alma
doce frescor de amanhecer
generosa alvorada,
de ternuras.
MULHER
Deixar-se estar a deriva
pelo oceano de encantos da mulher
é deixar a alma dos sentidos ser acarinhada
por sonhos, deleite & poesia.
pelo oceano de encantos da mulher
é deixar a alma dos sentidos ser acarinhada
por sonhos, deleite & poesia.
quinta-feira, 6 de novembro de 2008
NÃO VÁ PELO CAMINHO DA ESTUPIDEZ
Não vá por aí
Onde o Ciclope tem muitos olhos
Onde a alma, outrora brisa
Se faz abrolhos
Não vá por aí
Caminho escarpado
Lírio despadaçado
O sensato dilacerado
Não vá por aí
Foge da palavra – lamina
que busca o mel escarlate
ruído que machuca
Quasímodo insensivel que late
Não vá por ...ai!!
Folha verde que cai
Beijo que trai
Flecha que erra a maçã...
Ai, ai, ai...
Não vá por aí,
Fique em paz por aqui, acalme-se
traga-me, por ternura
“ um banquinho, um violão,”
Cante comigo esse quadro
as formiguinhas ali tão tranqüilas
mordiscando a casquinha da laranja,
arrastando farelos de pão.
poesiasegirassois.blogspot.com
Onde o Ciclope tem muitos olhos
Onde a alma, outrora brisa
Se faz abrolhos
Não vá por aí
Caminho escarpado
Lírio despadaçado
O sensato dilacerado
Não vá por aí
Foge da palavra – lamina
que busca o mel escarlate
ruído que machuca
Quasímodo insensivel que late
Não vá por ...ai!!
Folha verde que cai
Beijo que trai
Flecha que erra a maçã...
Ai, ai, ai...
Não vá por aí,
Fique em paz por aqui, acalme-se
traga-me, por ternura
“ um banquinho, um violão,”
Cante comigo esse quadro
as formiguinhas ali tão tranqüilas
mordiscando a casquinha da laranja,
arrastando farelos de pão.
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sábado, 1 de novembro de 2008
A IMORTALIDADE DO AMOR
Tua boca
tem sopro doce de luar
mas em minha alma
conjuga em chamas
o verbo amar
teu beijo
tem o mel da imortalidade
deixa a alma sublevar
entre sensações
da tenra idade
teu corpo
és bojo macio de tulipa
a recender magnólias
torna em luminoso paraíso,
meu taciturno mausoléu
Fez me sentir-se Hermes
altaneiro, a levar recados
entre a terra e o céu.
tem sopro doce de luar
mas em minha alma
conjuga em chamas
o verbo amar
teu beijo
tem o mel da imortalidade
deixa a alma sublevar
entre sensações
da tenra idade
teu corpo
és bojo macio de tulipa
a recender magnólias
torna em luminoso paraíso,
meu taciturno mausoléu
Fez me sentir-se Hermes
altaneiro, a levar recados
entre a terra e o céu.
MACHADO DE ASSIS versus JOSE DE ALENCAR
Quem se preocupa com a solidão do espinho
Se chegou mais um reaviso
da conta atrasada do telefone?
Se chegou mais um reaviso
da conta atrasada do telefone?
LITERATURA fragmentos d'ouro 4
“ Com aquela palavra, uma bigorna desabou sobre o ambiente...”
“ a mulher percebeu que a safra de cajus seria generosa e demorada, conduziu a colheita por toda noite... ”
“ Aquele hálito de raspa de juazeiro...”
“ Belinha tocava piano como se apunhalasse a própria alma,num sofrer que comovia e excitava...”
" Um daqueles enamorados que sua beleza abestalhava ...
...os deixava com os olhos empossados."
" O vestido alinhavado, no corpo cheio de recursos..."
" Ela revolveu as palavras no mel das profissionais..."
Acima,
Trechos de: A Santa do Cabaré – Moacir Japiassu
“ trazer a palpitar
Com um fruto de outono
Uma alma nutriz
Da volúpia e do sono ”
Olavo Bilac
“ a mulher percebeu que a safra de cajus seria generosa e demorada, conduziu a colheita por toda noite... ”
“ Aquele hálito de raspa de juazeiro...”
“ Belinha tocava piano como se apunhalasse a própria alma,num sofrer que comovia e excitava...”
" Um daqueles enamorados que sua beleza abestalhava ...
...os deixava com os olhos empossados."
" O vestido alinhavado, no corpo cheio de recursos..."
" Ela revolveu as palavras no mel das profissionais..."
Acima,
Trechos de: A Santa do Cabaré – Moacir Japiassu
“ trazer a palpitar
Com um fruto de outono
Uma alma nutriz
Da volúpia e do sono ”
Olavo Bilac
LUA NUA
Esta noite
a lua não bebeu do teu sorriso,
e resmungando, vaporosa
embriagou-se com Narciso .
a lua não bebeu do teu sorriso,
e resmungando, vaporosa
embriagou-se com Narciso .
LITERATURA fragmentos d'ouro 3
“ Homero, Shakespeare ... Faulkner, por exemplo, contemporâneo da minha juventude, sou herdeiro deste povo todo, legatário deste povo todo. É em cima do trabalho desses escritores que o trabalho novo chega: é em cima do ombro deles que a gente sobe...”
“ Sei lá se o que vou dizer é universal, ou se é de tão grande importância assim, mas eu teria terror de ler como vejo em certos livros de textos, ou com certas práticas escolares.
Terror de ler se fosse pra responder aquelas perguntas horrorosas que vem no fim do livro. Já pensou que tensão é você, em vez de se divertir lendo um livro, em vez de mergulhar na leitura, em vez de se entreter, em vez de se envolver com o livro de qualquer forma, ficar tenso querendo responder, depois, no fim, se aquilo se insere no contexto da pós – modernização do caralho a quatro?!
Quer dizer, um horror. As pessoas encaram o livro, como um patologista encara um cadáver. Não se pode ler assim.”
João Ubaldo Ribeiro - Escritor Baiano - Rascunho, Out. 2008
“ Entre o sono e o cansaço, o silêncio desperta, oferecendo a solidão, um nome de mulher... ”
“ Note que nos contos de Restos , não vislumbramos uma solidão estática, há resistência de parte dos envolvidos. O que também não implica em vitória, mas num debater-se constante.”
“ Quatro cenas do Brasil, não precisa de comentário. São elas: Bala, Bola, Bunda, Bíblia...”
Trechos da resenha sobre o Livro de Contos – Restos / Mário Araújo
Periódico Rascunho – Outubro . 2008
“ Vivemos num tempo muito veloz, e a literatura é uma árvore de frutos demorados. Não é fácil lidar com isso. ”
Carlos Eduardo de Magalhães – Escritor / Periódico Rascunho – Setembro 2008
“ Como voltar para casa sem pisotear no meu lindo passado? Não adianta voltar por sobre os telhado, a sombra também sobe e insiste em perguntar: você quer mesmo voltar? ” –
Vitor Ramil – Satolep / Periódico Rascunho – Setembro 2008
“ O bom haicai é aquele que , com o mínimo, consegue obter apenas o suficiente.”
Álvaro Alves de Faria , sobre o livro Oeste, de Paulo Franchetti / Rascunho . Set, 2008
“ Cada homem vem a ser a soma de suas desgraças. Se ocorre a alguém, pensar que algum dia esta desgraça termina, bem, nesse caso, a desgraça é o tempo”. Faulkner
“ Fiz o que pude, o destino que quis ” Lope de Veja
“ O escritor é testemunha, verdugo e mártir do seu tempo”
Carlos Trigueiro, parafraseando Sabato / Periódico Rascunho - Setembro 2008
“A Sra. Michel tem a elegância do ouriço: por fora crivada de espinhos, uma verdadeira fortaleza, mas tenho a intuição de que dentro é tão simplesmente requintada quanto os ouriços, que são uns bichinhos falsamente indolentes, ferozmente solitários, e terrivelmente elegantes.”
“ Falamos de amor, de bem e de mal, de filosofia e de civilização, e nos agarramos a esses ícones respeitáveis, como o carrapato sedento e seu cão bem quentinho.”
Trechos de: A Elegância do Ouriço – Muriel Barbery / Rascunho . Set. 2008
“ Passar a mão de repente, sobre a tua mão, como se apalpa a vida, ou o fruto que pede para ser colhido...”
“ O escritor afinal de contas o que é? Senão um descarado que vem falar de coisas suas, como se elas pudessem interessar aos demais? ”
“ Frases líricas, precisas, que quando estou cinza, relembro delas e me ilumino.”
“ Exatamente como aquelas florzinhas, que chamam de onze horas, muito antes das 11, começam a se aprontar para o príncipe que de carruagem iridescente vai passar. Agora são nove e meia, por exemplo, e as suas alminhas azuis, vermelhas e amarelas, todas já se abriram em cochichos adolescentes”
“ Não confunda, sermão da montanha, com montanha de sermão”
“ Percebo que o amanhã, é uma palavra que se acende, no escuro da poesia ”
Acima, trechos do livro:
De que ri a Monalisa? - Afonso Romano de Sant’Anna
“ A crônica, é prato de pouca ou nenhuma resistência, simples molho branco. Eu reduzo a missão do folhetim a isso, atirar semanalmente aos leitores, um punhado de rosas brancas, ... sem quebrar-lhes os espinhos.”
Machado de Assis
“ Sei lá se o que vou dizer é universal, ou se é de tão grande importância assim, mas eu teria terror de ler como vejo em certos livros de textos, ou com certas práticas escolares.
Terror de ler se fosse pra responder aquelas perguntas horrorosas que vem no fim do livro. Já pensou que tensão é você, em vez de se divertir lendo um livro, em vez de mergulhar na leitura, em vez de se entreter, em vez de se envolver com o livro de qualquer forma, ficar tenso querendo responder, depois, no fim, se aquilo se insere no contexto da pós – modernização do caralho a quatro?!
Quer dizer, um horror. As pessoas encaram o livro, como um patologista encara um cadáver. Não se pode ler assim.”
João Ubaldo Ribeiro - Escritor Baiano - Rascunho, Out. 2008
“ Entre o sono e o cansaço, o silêncio desperta, oferecendo a solidão, um nome de mulher... ”
“ Note que nos contos de Restos , não vislumbramos uma solidão estática, há resistência de parte dos envolvidos. O que também não implica em vitória, mas num debater-se constante.”
“ Quatro cenas do Brasil, não precisa de comentário. São elas: Bala, Bola, Bunda, Bíblia...”
Trechos da resenha sobre o Livro de Contos – Restos / Mário Araújo
Periódico Rascunho – Outubro . 2008
“ Vivemos num tempo muito veloz, e a literatura é uma árvore de frutos demorados. Não é fácil lidar com isso. ”
Carlos Eduardo de Magalhães – Escritor / Periódico Rascunho – Setembro 2008
“ Como voltar para casa sem pisotear no meu lindo passado? Não adianta voltar por sobre os telhado, a sombra também sobe e insiste em perguntar: você quer mesmo voltar? ” –
Vitor Ramil – Satolep / Periódico Rascunho – Setembro 2008
“ O bom haicai é aquele que , com o mínimo, consegue obter apenas o suficiente.”
Álvaro Alves de Faria , sobre o livro Oeste, de Paulo Franchetti / Rascunho . Set, 2008
“ Cada homem vem a ser a soma de suas desgraças. Se ocorre a alguém, pensar que algum dia esta desgraça termina, bem, nesse caso, a desgraça é o tempo”. Faulkner
“ Fiz o que pude, o destino que quis ” Lope de Veja
“ O escritor é testemunha, verdugo e mártir do seu tempo”
Carlos Trigueiro, parafraseando Sabato / Periódico Rascunho - Setembro 2008
“A Sra. Michel tem a elegância do ouriço: por fora crivada de espinhos, uma verdadeira fortaleza, mas tenho a intuição de que dentro é tão simplesmente requintada quanto os ouriços, que são uns bichinhos falsamente indolentes, ferozmente solitários, e terrivelmente elegantes.”
“ Falamos de amor, de bem e de mal, de filosofia e de civilização, e nos agarramos a esses ícones respeitáveis, como o carrapato sedento e seu cão bem quentinho.”
Trechos de: A Elegância do Ouriço – Muriel Barbery / Rascunho . Set. 2008
“ Passar a mão de repente, sobre a tua mão, como se apalpa a vida, ou o fruto que pede para ser colhido...”
“ O escritor afinal de contas o que é? Senão um descarado que vem falar de coisas suas, como se elas pudessem interessar aos demais? ”
“ Frases líricas, precisas, que quando estou cinza, relembro delas e me ilumino.”
“ Exatamente como aquelas florzinhas, que chamam de onze horas, muito antes das 11, começam a se aprontar para o príncipe que de carruagem iridescente vai passar. Agora são nove e meia, por exemplo, e as suas alminhas azuis, vermelhas e amarelas, todas já se abriram em cochichos adolescentes”
“ Não confunda, sermão da montanha, com montanha de sermão”
“ Percebo que o amanhã, é uma palavra que se acende, no escuro da poesia ”
Acima, trechos do livro:
De que ri a Monalisa? - Afonso Romano de Sant’Anna
“ A crônica, é prato de pouca ou nenhuma resistência, simples molho branco. Eu reduzo a missão do folhetim a isso, atirar semanalmente aos leitores, um punhado de rosas brancas, ... sem quebrar-lhes os espinhos.”
Machado de Assis
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