Não vá por aí
Onde o Ciclope tem muitos olhos
Onde a alma, outrora brisa
Se faz abrolhos
Não vá por aí
Caminho escarpado
Lírio despadaçado
O sensato dilacerado
Não vá por aí
Foge da palavra – lamina
que busca o mel escarlate
ruído que machuca
Quasímodo insensivel que late
Não vá por ...ai!!
Folha verde que cai
Beijo que trai
Flecha que erra a maçã...
Ai, ai, ai...
Não vá por aí,
Fique em paz por aqui, acalme-se
traga-me, por ternura
“ um banquinho, um violão,”
Cante comigo esse quadro
as formiguinhas ali tão tranqüilas
mordiscando a casquinha da laranja,
arrastando farelos de pão.
poesiasegirassois.blogspot.com
Um comentário:
adorei!!!que forma linda de expressar tentação.=)
te achei no 'recanto das letras', que bom que tem blog!
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