quarta-feira, 31 de agosto de 2016
sábado, 27 de agosto de 2016
Asas de areia
Só você tem esse dom
de dizer em terra,
doçuras e delícias de um céu
que se usufrui deslumbrado
na maciez de uns olhos fagueiros
e a lembrança dos teus doces abraços
leveza que me envolve em asas mansas
de pássaros apaixonados
declamando ao lusco-fusco
amores e dissabores
contemplados da triste janela
derramam num vôo brando
slides dos teus sorrisos
quais brisas de mil paraísos
colhidos num carinho ausente
e a sensação tépida e premente
que a travessia deste deserto sem pássaros
dói mais a dorida dor
sem os desvelos do teu amor
hoje minhas borboletas tagarelas
sonharam novamente contigo
e acordaram cochichando em rubor
que só mesmo dos teus beijos maviosos
flui o mel do paraíso
Saudade
DAVI CARTES ALVES
terça-feira, 23 de agosto de 2016
quinta-feira, 18 de agosto de 2016
Depois do brilho daquela luz
Depois do brilho daquela luz
Tirésias voltou a enxergar
mas vê apenas crianças
e algumas flores
ele não se contem
os olhos rasos d’água mirando os pequenos
quão surpresos todos ficaram
com dificuldade
Tirésias ainda tateia entre adultos e objetos
mas ilumina-se entre as crianças
reencontra –se entre elas
sob essa luz de bem querer
surpreende-se com seus folguedos
de como são tão cheias de vontades
com seus impérios de origamis
e bolinhas de sabão
numa pureza e sob uma ternura
que sobrepuja
qualquer desilusão
Orador de um público irrequieto
Tirésias confessa a elas
que as flores
também são pássaros diferentes
de asas em pétalas
quão espantadas ficam
mas vibram e comemoram
Na pujança tocante
de um abraço pueril
Tirésias reconhece que de fato
todo pântano é navegável
a barquinhos de papel
Mares em você
Sentir-me
como as pedras frias,
duras
mas que
no leito dos teus
braços & abraços
acordam dunas
areia clara, macia
doce elegia
Ah! Sua
presença!
Encantadora
ao chegar assim,
nesta doce intimidade
solar
trazendo nas suas
asas de amor
a fagueira calmaria
do mar
como derramas n’alma
em suaves matizes
sua generosa cesta de
cores
és tão leve, tão luz,
quão linda!
A pousar e repousar
teus afetos
sobre os meus mais tênues sensores
faz-se toque entre
cílios
feixe de gérberas
caldo de luar
reinventa num sopro
melífluo
novas nuances para o verbo amar
faz-se beijo de brisa
cantilena de riachos
langoroso esvair-se
da onda na areia
num que de ofertar
O que continuará a
existir sem você?
Pois quando o amor,
generoso
derrama-se dos teus lábios sobre nós,
ele produz n’alma o
sublime frescor
de um novo
e orvalhado amanhecer
a lembrança dos teus
sorrisos
rios de dor sem
imagens
incendiando-me com as
paisagens
evanescentes do amor
Sorriso?
Ou um diamante que
brilha?
Ou o céu que se
anila?
faz lembrar,
a primeira estrela
que cintila
se lhe ver novamente
a lua me sugeriu
um vestido de neon
o céu uma tiara de
estrelas
o mar um
multicolorido top
de conchas e corais
Não será pelo teu
sopro
que abrem-se as
acácias
e sorriem as buganvílias
enamoradas?
São as luzes das
rosas
que iluminam tua
alma?
Tormentas da vida
recuam
ao teu pedido de
calma
Tu me fez ver na
queda
suave passo de dança
fez da tola ambição
e da nociva
prepotência
pura ternura de
criança
Afinal
Que joias a trouxeram
do mar profundo?
As flores das estrelas,
o mel do mundo?
Pedaços de cereja
teus lábios túmidos
a cantar o amor
somente o amor
em meus submundos
Que joias a trouxeram
do mar profundo?
As flores das estrelas,
o mel do mundo?
Pedaços de cereja
teus lábios túmidos
a cantar o amor
somente o amor
em meus submundos
DAVI CARTES ALVES
sábado, 13 de agosto de 2016
domingo, 7 de agosto de 2016
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