Sou um poeta!
Escravo do que escrevo,
réu do que silencio; senhor, apenas,
de míseras quimeras, às quais devo
a minha vida, obra
e as duras penas
Não que não me divirta
com o esmero dos mestres
que me antecederam
penas que deram a minha alma e ao meu selo
as formas, fôrmas, fórmulas, apenas
a eles consagro esse augusto farol
que me guia, orienta e me põe a salvo,
não das tormentas,
mas da calmaria,
para que meu pobre coração
vol-te das trevas e – sol – tome de assalto
a vida que eu pedi a Deus um dia!
antonio thadeu wojciechowski
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