bela dançarina flamenca,
sapateias na voraz ilusão
de possuir-te
emudecido espectador
enternecido camponês madrilenho
na viril multidão estupefata,
petrificada
Chama cambiante
alma ferina, charme provocante,
ritmo vigoroso, estonteante
olhares fulminantes de desprezo,
num enlear-se apaixonante
partis-te corações ao meio
e fizestes deles
castanholas escarlates
a produzir
musicalidade vigorosa,
envolvente n’alma
palpitante rosa cálida
dardejando nos sentidos
tuas pétalas de fogo
qual revoada
de pássaros incendiados
tua presença embevece,
na maviosa sonoridade
que enfeitiça e emudece:
cravos imprestáveis,
touros indomáveis,
na arena milenar
nos confins da Andaluzia.
Davi Cartes Alves
Um comentário:
Linda canção de canções!...
Certamente a dançarina dançaria ;-)
Beijos =)
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