No tênue toque entre cílios
de olhos enamorados
no suave palpitar
de pequenas borboletas brancas
sobre madresilvas carmesins
Em sentir o aflar n’alma
Da frescura dos seus lábios
Doces pétalas de rosas
Nadando em leite de pérolas
A sensibilidade se personifica
na maviosa afetuosidade
dos teus braços enternecidos
melifluos rios de seda
cisnes tépidos e alados
no sublevar da asa decaída,
do travesso colibri
compondo no ocaso, vestido de crepúsculo
desenhos abstratos em néon
a sensibilidade se personifica
no feixe de tenras tulipas
colhidas sob a garoa
na poesia que borbota pressurosa
nas entrelinhas da vida,
vida livre, leve, solta
vida boa, vida a toa...
de poeta
por ela,
tão apaixonado,
quão enamorado.
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