sexta-feira, 21 de dezembro de 2007

A SENSIBILIDADE SE PERSONIFICA:

No tênue toque entre cílios
de olhos enamorados

no suave palpitar
de pequenas borboletas brancas
sobre madresilvas carmesins

Em sentir o aflar n’alma
Da frescura dos seus lábios
Doces pétalas de rosas
Nadando em leite de pérolas

A sensibilidade se personifica
na maviosa afetuosidade
dos teus braços enternecidos
melifluos rios de seda
cisnes tépidos e alados

no sublevar da asa decaída,
do travesso colibri
compondo no ocaso, vestido de crepúsculo
desenhos abstratos em néon

a sensibilidade se personifica
no feixe de tenras tulipas
colhidas sob a garoa
na poesia que borbota pressurosa
nas entrelinhas da vida,
vida livre, leve, solta
vida boa, vida a toa...

de poeta
por ela,
tão apaixonado,
quão enamorado.

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