No fim da tarde calma
sinto que a saudade é doce melancolia
ao observar esta rua sem saída
rua nua
já se foram as ruidosas crianças
apenas restos de tijolos enjeitados
no vaso derrubado
resíduos de um lírio estéril
deita-se dolorido o domingo vespertino
balbuciante sob os arrebóis escarlates
que tingem a candidez
de olhos pisoteados
nos ocasos d’alma
secura ardente, retalhos
na retina tesa,
orvalhos
o bosque dos folguedos, aquieta-se
a corrente suave do rio
leva maviosas esperanças,
eis o denso vazio
ser-te mar
turvo ou cristalino
para o fel de Poseidon
ou mar para o melífluo lual do nosso amor
ser-te mar generoso, mas você indiferente
na alvura da espuma
pinga o sangue em dissabor
rochedo frio, soberano
sobre este mar sonoro e agitado a contemplar-te
rochedo altaneiro sobre as vagas que se ajoelham
esparramam-se reverentes
aos teus pés de abrolhos
ser-te mar
onde venta forte a dor.
sinto que a saudade é doce melancolia
ao observar esta rua sem saída
rua nua
já se foram as ruidosas crianças
apenas restos de tijolos enjeitados
no vaso derrubado
resíduos de um lírio estéril
deita-se dolorido o domingo vespertino
balbuciante sob os arrebóis escarlates
que tingem a candidez
de olhos pisoteados
nos ocasos d’alma
secura ardente, retalhos
na retina tesa,
orvalhos
o bosque dos folguedos, aquieta-se
a corrente suave do rio
leva maviosas esperanças,
eis o denso vazio
ser-te mar
turvo ou cristalino
para o fel de Poseidon
ou mar para o melífluo lual do nosso amor
ser-te mar generoso, mas você indiferente
na alvura da espuma
pinga o sangue em dissabor
rochedo frio, soberano
sobre este mar sonoro e agitado a contemplar-te
rochedo altaneiro sobre as vagas que se ajoelham
esparramam-se reverentes
aos teus pés de abrolhos
ser-te mar
onde venta forte a dor.
Nenhum comentário:
Postar um comentário