quarta-feira, 22 de agosto de 2007

O Poço, O Vazio


Poço sem água, sem vida, sem fundo
Nos fundos de uma charneca abandonada
Onde a solidão se personifica,
Lúgubre, sorumbática

Ou veste máscaras com musgos,
e faz caretas para as crianças,
que retornam da escola.
Como descrever esse vazio?

Talvez, como o vazio que sinto n’alma
Nas câmaras recônditas do meu ser
Quando fico apenas um dia,
pressuroso, angustiado
sem poder sequer,
lhe ver.



davicartes@gmail.com

Um comentário:

Anônimo disse...

Adoro a maneira como te expressas nos teus oceanos literários de silêncio e na astúcia da razão, face a todos os sentidos do sentir. Sentimos assim as correntes da vida e tomamos os conceitos no grande desejo de se tornar mais profundo. Parabéns perla escrita e pelo espaço. Mira Ira.