Meus olhos de concupiscência
maculam tua pureza
ferem tua leveza
de fina flor de estufa
de rara borboleta
banhada em cores e luz
e sempre tão suave
como um beijo matinal
sorriso que me acabo
ao léu do teu descaso
lembrança de tortura
elegia de amargura
não vou passar além
manhã de primavera
sem flor, sem aquarela
teus beijos esfarelas
nos céus do meu olhar
e o fim da tarde nublada
a lembrança da praia vazia
o vento penteando
pequenas moitas valentes
na areia alva e macia
a debandada dos albatrozes
levando aquelas imagens
trazendo outras paisagens
evanescentes de amor
o céu a revolver-se
evanescentes de amor
o céu a revolver-se
com slides de um sorriso
quais brisas
de mil paraísos
quais brisas
de mil paraísos
DAVI CARTES ALVES
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