segunda-feira, 30 de novembro de 2009

ROSA RUBRA





Rosa lépida



Bojo de sangue


Rosa tépida


derramas n’alma


sua fragrância


sua cor






Rosa calada


Abra a boca !


Rosa rubra!


Grita vida!


Ai que dor!!!






Rosa rubra


O sol do amor,


garoa tuas pétalas


no crepúsculo


d'alma


e á anoitece


de esplendor






tua voracidade


suplica a tenacidade


a despejar


maviosa intensidade


em labirintos


de torpor










Rosa asceta


atiras densa


suas chamas,


tuas setas


fogo doce,


rios de ódio


ou mar de amor?










Desfere n’alma


musica tensa


Rosa minha


Rosa d'alma


a cuspir laminas


de puro ardor






by - DAVI CARTES ALVES

sábado, 28 de novembro de 2009

POEMA



Sou folha que cai
beijo que trai
flecha que erra a maçã, aaiii!!
lágrima indecisa,
que trêmula se esvai


bálsamo para alma ressequida
égloga ferida,
gérbera querida
eczema


riacho que canta n’alma
uma musica ressentida
céu que chora lama de cinzas,


poema...





quinta-feira, 26 de novembro de 2009

THE SHADES OF THE SOUL





I go to console it self with the rocks
in this empire of filisteus
to beg the rejected crying
thorns of the garden
that they fondle the hair mine

to request the cold night
a bouquet of black roses
that it has perfumed and it incenses the soul
of this dense melancholy

moonlight broth with ice
under the music of the agony
my portions of want bad me
as fine it chose

for poisonous serpents
that they struggle yours boxes
one jasmim dyed blood
e new emancipation letters

to return to your
 ambiguous god:
“this soul as a fire,
cures that it to create”!



by - DAVI CARTES ALVES

sexta-feira, 20 de novembro de 2009

DELÍRIUS & DEVANEIOS


Madrugada adentro & garoa
ouço gargalhadas na sala de estar
Monalisa não segurou mais o riso
e os ventos deste outono sombrio
não uivaram tanto
para Cathe e Heathcliff

voce na noite vestida de lua
e eu um chocalho
em suas mãos de carmim

Isso em si não esgota o assunto
porque amanhã o vento muda de lado
e quem irá recolher as roupas?
Ô!! Por que virar a cara na hora do beijo?
Mofas do escorpião e seu bote errante?

Há quanto tempo
 teu gato não mia?
o de Poe jamais me sorria
Meu deus!
Mas que som que tem isso?

 
com que lágrimas
 tuas mãos perfumadas
e cheias de anéis
apanharam minhas botas tão sujas
quando pra ela qualquer garnizé
é um cisne banhado em neon

Pobre cobrador do ônibus Itupava - Cohab
apaixonou -se pela bailarina
do Ballet Quebra - Nozes
" ela tinha a leveza de um feixe de tulipas "
e eram mui lindos seus sissones e piruetas
côr de brilho labial.

Já notou que tem sempre uma hora no dia,
que o rio Nieva de Dostoyevski
o Ouse de Virginia Wolf
o Arno de Mario Puzo
o Tweed de Walter Scot
o Íster de Sófocles
o Amper de Markus Zusak
e o Belém de Dalton Trevisan,

" tem a côr dos afogados" ???


by DAVI CARTES ALVES

quinta-feira, 19 de novembro de 2009

GIRASSOL APAIXONADO




Lá vem você, no mesmo horário,
sob dulcificado pôr – do – sol
que veste-se de lirio
cabelos anelados colhidos por singela tiara,
vestidinho floral
para os olhos embevecidos:
 vertigem & delirio

sorriso brincando nos lábios feiticeiros
sapatinho anabela
graça faceira e pueril
vendo-a passar pelo campo de girassóis,

o meu amarelinho preferido
enjeitado pela borboleta lilás
segue o teu desfile,

pendendo em sua direção,
qual sol da nossa alma
rebelde, inclina-se no contra-fluxo da sua irmandade
que reverência o astro supremo
findar no horizonte.













A IMORTALIDADE DO AMOR



Tua boca
tem sopro doce de luar
mas em minha alma
conjuga em chamas
o verbo amar


teu beijo
tem o mel da imortalidade
faz a alma sublevar
entre sensações
da tenra idade


teu corpo
és bojo macio de tulipa
a recender frescor
de magnólias apaixonadas
vestindo de luminoso paraíso,
meu taciturno mausoléu


faz-me sentir-se Hermes
altaneiro, irrequieto
a levar recados
entre a terra e o céu.




by - DAVI CARTES ALVES





segunda-feira, 16 de novembro de 2009

POR QUE NÃO DEIXAMOS EM PAZ O PASSADO ???



Por que não deixamos em paz o passado?
que acorda qual Etna encolerizado
fazendo tremular em marés rijas
o dorso plácido e coleante
do Arno, em madrugada de bonança

Por que vasculhar tanto no passado?
fazendo sublevar das mansardas d"alma
fantasmas e espectros desvairados
outrora, em sofreguidão afugentados
agora enfurecidos, desacorrentados
do vale das lágrimas dardejados
pelos recantos d’alma reboados

Por que engolfar-se tanto com o passado?
abrindo cicatrizes amalgamadas
qual eiva que fere o cerne secular
em baluarte heroicamente experimentado
por seu térmita insano, obstinado
Com suas presas de aço bruscas!
Dessarrazoadas!

Por que perturbar tanto o passado?
qual arma e escudo de derrotados
que encontram na hipocrisia
um lânguido aliado
esgrimistas afoitos, errantes
tacitamente subjugados!

Por que?
Por que não deixar em paz o passado??





by - DAVI CARTES ALVES

quinta-feira, 12 de novembro de 2009

VEM BRINCAR TAMBÉM JUANITO!!!




Troque e deixe,
cai no chão e não se mexe!!
betiombro, betiombro!!!
Não do nada !!! Não do nada!!!

Ó o joão - de - barro pessoal?
Chega mais pertinho Juanito!
tenha medo não,
Ele caminha tão pertinho
Oi lindão...
ele caminha, tipo marchinha

Já o Sabiá é mais ressabiado
Ta olhando de bem longe
Com sua roupa de mico-leão-dourado,
Olhem quanto pardal banhando-se na areia!!

31 do Cabeça!! 31 do Zóinho!! 31 da Lisa!!
31 da Issabelle!!! 31 do Batiá!!!
Adoleta peta peta
Serra serra serra dô, serra o papo do
vovô,
lenço atrais , corre mais...

Vamos brincar de Super- Vira Lata
Symon diz... Symon diz...
O seu problema acabou
O vira-lata chegou!!!

Faz o búlico aqui pessoal
Trouxe umas bulica bem legal,
Olha que lindo aquele beija-flor gente
Nossa que demais!!!
 Lá na floreira da Tia Paulina
Sensacional!!!

Olha aqueles curruíras nanicas
Lá na casa do Dalton Trevisan
Como caminham entre as madeiras
são bem marronzinhas
Fazem aquela festa e o Dalton,
não aparece...

balança você,
dá um tapa na bunda,
e vai se escondê...
unidunite, salamemingue, sorvetecolorê...
Vamos brincar de passar anel?

escutem essa música na casa dele:
“ Pega carona nesta cauda de cometa
Vira a via- láctea, estrada tão bonita...”
brinca de esconde-esconde numa nebulosa...”













Carlos Drummond de Andrade




" Atirei um limão na água
mas errei de direção
os peixinhos rindo notaram:
quanto dói uma paixão"




trecho de:  Lira do amor romântico
Carlos Drummond de Andrade

A FABRICA DE LETRINHAS




Ela me disse que trabalhava
em uma fabrica de letras
na sessão de sinais diacríticos
aqueles que põem brincos,
e chapeuzinhos nas palavras


enchia
caixinhas de ponto e vírgula
estojinhos de crases e agudos
e até saquinhos de exclamação!!!


E com os excessos de travessão
hoje tão rejeitados,
ela cortava-os, entortava-os
e fazia parênteses, aspas
e pasmem:


até pontos de interrogação???



 by – DAVI CARTES ALVES




terça-feira, 10 de novembro de 2009

Alma lúgubre - Travessia



Vaga-mundo desmundado
andarilho sem rumo-trilho
olhos baixos, fugidios
sem mais aquele intenso,
e efusivo brilho

Um garoar de laminas tiranas
faz acenderem nódoas insanas
até transmutarem-se n’alma muda
impetuosas coroas em chamas

Cata-vento sem espadas
 magnólias desprezadas
balbuciantes pedras frias
nos cantos úmidos,
 lúgubres, escuros
das vazias rodovias, 
travessias...
                                             
                              d’alma.



 DAVI CARTES ALVES









quarta-feira, 4 de novembro de 2009

segunda-feira, 2 de novembro de 2009

DECLARAÇÃO DE AMOR



Será que há mais mel
no bojo da acácia
quanto na terna mansuetude
de seus belos olhos???

Será que há mais delicadeza & sensualidade
nas curvas da tulipa escarlate
quanto na leveza sinuosa
de seu lindo talhe
coleante de prazeres???

Será que os afagos da brisa
naquele entardecer de Bombinhas – SC
são mais vertiginosos & oníricos
quanto aos teus seios de amor
beijando uma alma
engessada de grilhões ???

É só no deleite dos teus beijos
que posso decifrar & traduzir
os desenhos hieroglíficos
nas asas da borboleta imperial

É só na doçura dos teus afetos
que sinto como é confeita
a tinta mágica & artesanal
na fábrica dos sonhos & colibris

e ver derramar-se
dali & de nosso amor tão sideral,
algumas das matizes,
quão generosas em vida e luz
na feitura em poesia
da aurora boreal

assim tento compor você
com ternura & ardor
irradiando, colorindo, iluminando
enaltecendo o nosso amor





AS FADAS TAMBÉM MENSTRUAM ( CONTO)



Dayane,

Quem anoiteceu assim com esta garoa fria a sua alma?

Quem levou teu sorriso, que devorava as nossas vidas enlevadas, sua graciosidade, faceirice, encanto? Quem furtou a tua segurança de outrora, a tua convicção nas respostas, teu caminhar tão lépido, ágil, picando o chão, tua consciência de poder supremo, tua auto-suficiência tão imantada, que nos enchia de um querer-te tanto: Lembro quando ficavas irritada:

“ Tá então tchau!! ”,
e o florido Jardim Botânico das nossas almas, transformava-se no cálido Kalahari sem suricatos.

Quem apagou o brilho dos seus grandes olhos límpidos, negros, e esfuziantes?

Lanchar com você no Dog do Queko, tomando gasosa Xereta, nos enchia de orgulho, falávamos alto entre a gente moça.

Teu beijo de despedida era tão aguardado, o premio de viver, aquele frescor e maciez dos teus lábios entre pétalas de tulipas, depois acariciava meu rosto, sorria pras estrelas me olhando da janela do quarto, elas sinalizavam-me uma esperança, embalsamada em pudor de criança.

Me envolver naquele ritual de enleio , ao contemplar embevecido aquele seu jeito de corrigir os cabelos, os braços, nus, frescos, macios, em arco, como se tu fosse executar um passo de bailarina, leve, felinamente delgada, olhando pra nós petrificados, aquelas madeixas em anéis de seda que prendiam-me quais algemas n’alma.

Oh Dayane, por quê atirar teu coração a pit bulls esfomeados, que só conjugam o verbo "trepar", que só querem tua pele de mel, e seu coração sacrificam ao Deus Banal, ou melhor, ao deus de Nabal de Abigail, por quê deixar cavalos insanos pisotearem tua alma de flor com velhas ferraduras?

Day, quantas vezes lhe repetíamos, não jogue assim suas “pérolas preciosas a porcos” ensandecidos, com cara de mau, não deixe mais cravarem em seu pescoço de cetim, suas presas como sanguessugas, para esvaziarem sua alma melíflua, sugando todo o seu leite de rosas.

O quanto tentava lhe consolar em vão:

No amor, não podemos dar uma de faquir, se posuimos pés e pele de recém nascidos, meu anjo lindo de neon.

Não negocie assim sua altaneira estima de fada, em troca de um belo invólucro que carrega dejetos de antes de ontem.

Sabe Dayane, quase entramos em pânico naquela manhã de outubro, quando o Zeca ligou do Terminal do Pinheirinho, e nos disse pressuroso, arfante, que você estava chorando naquele banco perto do ponto do ônibus Fazenda Rio Grande, chegamos correndo,

( é incrível como tem gente no Terminal do Pinheirinho, parece que tem um chafariz de gente naqueles túneis escuros, onde agora , forram o chão com uma colorida colcha de retalhos de dvds a 4 por 10, como borbota gente e mais gente, como que escoadas a granel , ejetadas a centenas, se viu que tem gente dependurada até nos lustres de iluminação? Balangando cai -não-cai.)

Cortou –nos a alma ver-te , cabisbaixa, sorumbática e taciturna, chorando a cântaros, lágrimas aos cachos, aos molhos, tuas mãozinhas nacaradas, tão trêmulas, enquanto uma segurava uma caixinha de Aldol , entre comprimidos no chão, no colo, no cabelo, na outra,  resíduos de bombom caseiro de morango, manchando o best seller da Ronda Byrne, The Secret.

O mais triste, é ver você render-te a toda essa angustia, só porque aquele sapo bombado além de quebrar todas as suas varinhas de condão, que tanto nos enfeitiçaram, não queria mais o teu beijo, que tanto desejamos.

Oh Dayane, quem levou teu sorriso, que devorava nossas almas enlevadas, sua graciosidade, faceirice, encanto? Quem furtou a tua segurança de outrora, a tua convicção nas respostas, tua auto-suficiência tão imantada, que nos enchia de um querer-te tanto,

“tá então tchau!! ”, e o florido Jardim Botânico transformava-se em Kalahari sem suricatos.

Lembro-me, como seguravas firmes nas mãos, as rédeas do charme, do encanto, fascínio e sedução!

Quem apagou o brilho dos seus grandes olhos límpidos, negros, e esfuziantes como uma noite de verão, que nos fulminavam uma e muitas vezes?

E agora, vê-los assim semi - cerrados, com grandes olheiras de guaxinim com febre amarela. Doeu tanto n'alma.Uma chuva de lâminas no me coração bandido.

Quem foi capaz de fazer isso Day?

E lhe incentivava a ver o lado belo da vida, de que nem tudo estava perdido, e convidava-lhe: Vem , anime-se, vamos tomar um ônibus para o Jardim Botânico, sentir aquela brisa deliciosa de outrora, lembra? Correr atrás dos pombos, tentar fazer embaixadinha com eles, jogar conversa fora, ligar pra sua amiga Dora, tomar um sorvete de amora...

Vovó já nos dizia,

meu fio:

No amor,
Você não é quadrado
Mardito! Se vire!!!
E se não tiver pedras
Se atire!!!


E implorávamos:

Levanta Day, vem, vamos sair daqui...




By - DAVI CARTES ALVES

domingo, 1 de novembro de 2009

LITERATURA fragmentos d' ouro 10





“ Todos nós somos ingênuos e esperamos sempre o susto agradável do texto”


(...) Uma surpresa simples e não previsível, mas no caminho da aprendizagem é essencial. Mas não se pode esquecer os exercícios. Sempre: exercícios, exercícios, exercícios. Escrevendo e apagando. É sempre bom fazer exercícios, mesmo que os despreze depois, não importa, literatura é trabalho sempre. Incansável.

Como se fosse a única e a múltipla. A leitura de escritor – ou de aprendiz de escritor – passa por três estágios.

a) Leitura somente com os olhos, irresponsavelmente.

b) Leitura contemplativa e de olhos fechados, como quem traz as palavras para o sangue.

c) Leitura com a mente, técnica, procurando descobrir as artimanhas e as armadilhas do escritor.

“ a noite vencia o cansaço da tarde”

Acima, trechos da coluna Palavra por Palavra do escritor Raimundo Carrero, para o Rascunho - Setembro 2009

(...) A linguagem concisa não da margem para retoques: é redonda, circular, persegue o próprio rabo e o expõe, com maestria.

Acima, trecho do artigo : A Revolução do Livro, de Cida Sepúlveda para o Rascunho – Setembro 2009

“ A Editora Aleph acaba de publicar uma nova tradução das três celebres novelas de Isaac Asimov: Fundação - Fundação e império – Segunda fundação. Delícia das delícias, pra quem quiser ter a inteligência e a fantasia cutucadas por elegantes elucubrações. Asimov era uma tempestade de idéias instigantes.

“ O objetivo maior da literatura não é apenas entreter e deleitar. É também, e principalmente, provocar e inquietar o leitor. Não existe boa literatura fácil de ler. As obras primas, mesmo as do presente, sempre exigem um pouco de esforço.”

Acima, trecho do artigo: Alguns caminhos para manter a saúde criativa durante a produção de um texto ficcional. De Luiz Brás, para o Rascunho – Setembro 2009

“ Eu relanço para o Deus que me fez
Essa alma como um incêndio
Que o cure de criar.”

Antonin Artaud


(...) Talvez não haja, simplesmente, uma linguagem possível de alcançar a verdadeira essência das coisas”.

“ É por isso que uma imagem, uma alegoria, uma figura que mascare o que gostaria de revelar tem mais significado para o espírito, do que as clarezas proporcionadas pelas analises das palavras.”

“ A verdadeira beleza nunca nos atinge diretamente. E é assim que um pôr-do-sol é belo, por tudo aquilo que nos faz perder.”

Antonin Artaud

Acima,
 trechos do artigo de Claudia Lage: A palavra visionária de Artaud, para o Rascunho – Setembro 2009

“ Os textos de Eliane Brum são raridades pela beleza literária e pelo aprofundamento dos temas, encharcados de humanidade”

Gazeta do Povo, 31 Out. 2009

“ A literatura jamais é coisa de um só sujeito. Os autores são pelo menos 3: a mão que escreve, a voz que fala, o deus que vigia e impõe”

Roberto Calasso

“ Qual é o autor que , na história do romance moderno, não recorreu a própria história da vida?”

Christian Schuwartz – Especial para Gazeta do Povo – 31 Out. 2009

“ Podemos julgar uma biografia pelo estilo, pela clareza, pela força das metáforas, pelo peso da emoção, pela divisão em partes, pelo jogo do presente e futuro, pelo brilho da linguagem.”

Cristóvão Tezza - Gazeta do Povo , 31 Out. 2009


“ A eternidade não é mais que um momento, cuja duração não vai além de um gracejo.”

Trecho de O lobo da Estepe - Herman Hesse

“ O vento é o mesmo, mas sua resposta é diferente em cada folha”

Cecília Meireles


“ Pensar é estar doente dos olhos”

Alberto Caieiro


Casa do poeta
Num canto a teia de aranha
Fia ouro ao sol
O musical meio-dia
Réstia de luz no varal


Do Livro – Casa do Poeta
Periódico de Letras e Artes Japonesas – Memai


“ Somente as coisas amadas
são guardadas na memória poética,
lugar de beleza.
Aquilo que a memória amou
fica eterno.”

Adélia Prado


“ Literatura é feitiçaria que se faz com o sangue do coração humano.”

Guimarães Rosa


“ Acho que a literatura sempre emerge das coisas que fizeram dano a alguém, e há um tipo de literatura em que os autores não escolhem seu assunto, mas lidam com o que lhes foi lançado.” Herta Muller - Escritora Romena

No seu texto, há grande concentração de poesia, na franqueza da prosa.”

Sobre
Herta Muller – Escritora Romena - Nobel de Literatura 2009


“ É terrível ver toda sabedoria esvair-se nas pequenas misérias da vida”
“ Não passam de cães desta província prontos a farejar e a comer carne humana”
“ tem a pele fresca da manhã orvalhada, e olhos profundos de cisterna”

Acima,
trechos de Cães da Província – Luis Antonio de Assis Brasil