segunda-feira, 28 de março de 2011

Dê um toque a mais de arte & poesia em sua vida





“ Fazer o gesto
recuperar o seu sentido
a palavra
o seu tom insubstituível
permitir que o silêncio ,
como na boa musica,
seja também ouvido
e que o cenário
não se limite
ao decorativo(...)


                                          Clarice Lispector









Amor tetrabiblos







Na cela que é o corpo
fechado
planisfério
fagulha votiva
de hélio
agoniza
a virgem fria
dos cleros

na cela que é o corpo
outro corpo
herético
sigila
o cio hermético
almagesto

soubessem as negras centelhas
que esta crença liberta
extinguiriam todas as vendas

matéria dolorosa
evaporada

rezassem as missas vermelhas
que este júbilo desperta
consertariam todas as sendas

matéria gloriosa
revelada

na cela que é o corpo
outro corpo
duplicata

homúnculo & quimera

éter na terra
cinza no céu
hieros gamos
na atmosfera



Autoria: Andréia Carvalho







Haikai





 A paixão de um sapo
    no coacho tão febril
  até o riacho sentiu





    

sábado, 26 de março de 2011

Amar teu mar de encantos





Que jóias a trouxeram
do mar profundo
as flores das estrelas
o mel do mundo

pedaços de cereja
teus lábios túmidos
a cantar o amor
somente o amor
em meus submundos

Haverá tão revolto mar
na volúpia de um olhar
haverá quão intenso amor
em nossos corpos
 ao sublevarem das tuas vagas,
 em ardor ?

Pois só os teus lábios
trazem a música do mar
e marulhar no teu doce realejo
balbucio, deliro
versejo
 
                           




Davi Cartes Alves

Imagem - Carlos Silva









segunda-feira, 21 de março de 2011

Sem você






 Os deuses mais puros
sem a tua ternura, tua luz
sem tuas brisas de amor,
sem teus encantos
 são apenas urros

 de uma noite infeliz
  em que você
não chegou



DAVI CARTES ALVES


domingo, 20 de março de 2011

Educar para a vida







Educar
é o tear do coração
com sólidos cordões dourados
do bem querer
e da ternura
 que tem mais vida.


DAVI CARTES ALVES











sexta-feira, 18 de março de 2011

Lançamento ! - Vamos lá prestigiar nossa produção


Lançamento -

Jornais das Oficinas de Análise e Criação Literária

Todos são muito bem vindos !!!



TEXTOS SELECIONADOS – 2010

JORNAL DA OFICINAS
DE ANÁLISE E CRIAÇÃO LITERÁRIA




LITERATURA PARANAENSE (PÚBLICO INFANTO-JUVENIL)


Ministrante - JANE S. BODNAR






- Sonho – Tábatha Colossi


- Se eu fosse – Tábatha Colossi











CONTOS –


Ministrante - ASSIONARA SOUZA






- Conto - Arthur Victor Ferreira Tertuliano



- Intervalo – Davi Cartes Alves



- Amarelo Claro – Iamni Reche






A OFICINA DO ESCRITOR


Ministrante - ASSIONARA SOUZA






- É com turismo? – Aloísio Asakabe










- Fábula – Wagner Schadeck






O ESCRITÓRIO DO TEXTO


Ministrante - AMARILDO ANZOLIN


- Dies Irae - Johny Alberto de Oliveira e Silva






DRAMATURGIA II


Ministrante - PAULO AFONSO CASTRO




- Tudo por um Tostão – Daniel Hassan de Campos


- Reizinho Salominho I – Zeny Nunes Belmonte






LITERATURA INFANTO-JUVENIL


Ministrante - GLÓRIA KIRINUS


- Como nascem as palavras – Juliana Bumbeer


- Assunção – Geisa Colossi


- Aventura de Laxa – Nadzieja Didycz




MITO E LITERATURA


Ministrante - MONICA BERGER




- As cinzas de Ishtar – Roman Schossig




CRÔNICAS


Ministrante - MONICA BERGER




- “Calor, né? - Arthur Victor Ferreira Tertuliano


- Amante – Fábio Luis Filipini




ELEMENTOS DA NARRATIVA


Ministrante – OTTO WINCK




- Apocalipse – Ivan Alexander Mizanzuk










JORNALISMO CULTURAL E CRÍTICA LITERÁRIA




- Made In Japan – Arthur Victor Ferreira Tertuliano


- Uma Epopéia Vermelha – Carla Prado Vilela


- Um Cadáver Impertinente – Maria da Consolação Soranço Buzelin




- O Mez da Grippe: um perfil de Curitiba – Guilherme Stromberg Guinski e Janina Rodas


- Como bonecas Matriochka: uma história dentro de outras – Loriane Z. Riechi








POÉTICAS : ESCRITURAS DINÂMICAS


Ministrante – PAULO SANDRINI




- Política Individual – Irley Thiago de Oliveira (T. Irley)


- Despedida – Renato V. Ostrowski









NARRATIVAS LONGAS


Ministrante – PAULO SANDRINI


- Espelhos – Maria da Consolação Soranço Buzelin


- Diário de Lana – Elaine Novaes Falco










Estão abertas as inscrições para as Oficinas 2011


Palacete Wolf


Praça Garibaldi, 7


Informações 41- 3321.3317


Dead Poets Society





" Essa brincadeira de poder
continua
e você pode contribuir
com um verso"


" E no encanto do momento
deixemos a poesia
fazer sua magia "

                                                      
                              Sr. Keating



quarta-feira, 16 de março de 2011

Sem o teu amor







Sem o teu amor
a idade tornou-se
pesada
incolor

sem o teu amor
a vida tornou-se
 um marasmo
torpor

sem o teu amor
diluiram-se as asas
dos sonhos
dissabor

sem o teu amor
colibri
também perdeu
cor

o sal
o sabor
a fé o fervor
meus lábios
teu frescor

sem o teu amor
sem o teu desejo
em clamor
sem a tua flor
sem o teu ardor

sem o teu amor
revestiu-se de
dentes afiados,

a dor

sem o seu amor
meu sol perdeu 

teu calor



                   
                 
                                                              
                                 


DAVI CARTES ALVES











Aquele sorriso !





Quando ela chega
ela só da um sorriso
não diz bom dia, boa tarde
não responde
nada sonoro, sem ruidos
apenas um sorriso, é sempre assim
fecha parcialmente os olhos e sorri
um sorriso leve, breve & suave
é uma graça,
eu até digo, Bom dia ! Tudo bem?
E minhalma prepara-se pra recebê-lo
tão generoso, quão doce, tão fagueiro
é gostoso senti-lo, é só um pouquinho
biscoitinho macio, saboroso
bolachinha d'mel que esfarela-se
no palato d'alma em deliciosos
plufts! plocs!
A alma fica numa alegria
pressurosa em bem querer
num regozijo primaveril.
Do que mais que a vida precisa?
Chega, sorri e passa, vai
mas fica aquele sorriso
brincando na gente, sabe?
Como um carinho pueril no cabelo, é bom
como se deslizasse suavemente
as costas das mãos
confeitas em pétalas de amor
no rosto e na dor
bálsamo para as cisões da vida
ciranda doce de lírios brancos
diamantes de neve 
banhados em ternura
e a alma num frenesi
que bom que vai ter amanhã de novo
E se ela não vier?
Ah! Mas ela vem sim
e aquele sorriso mavioso,
brincando naqueles lábios tão belos
fica impresso nos espelhos d’alma,
na retina , nas nuvens, fim de tarde,
nas flores, na alvorada
como se derrama-se n'alma
o amor
naquela porçãozinha de vida
sorver o néctar do paraiso
na luz do teu sorriso.




                     
                                                                                      F  

                                            

DAVI CARTES ALVES




 
 


                                              
           
                                                                                                 





segunda-feira, 14 de março de 2011

Olhos tristes








" Olhos tolos
     se voltarem a chorar
   eu vos arranco "










   Rei Lear
                  
                                  William Shakespeare





F




                  





.

sexta-feira, 11 de março de 2011

Tão lírios, quão líricos...





Seus lábios tão lírios
quão líricos
teus braços tão cisnes de amor
tua alma quão lua,
tão sua
você
meu mar jovem 
em flor


DAVI CARTES ALVES


quarta-feira, 9 de março de 2011

Dilemas do outono










" Amar é equivocar-se ? "











Textos selecionados para Coletânea das Oficinas de Análise e Criação Literária. Fundação Cultural de Curitiba






TEXTOS SELECIONADOS –
COLETÂNEA DAS OFICINAS DE ANÁLISE E CRIAÇÃO LITERÁRIA – 2010




LITERATURA PARANAENSE (PÚBLICO INFANTO-JUVENIL)
Ministrante - JANE S. BODNAR

 - Sonho – Tábatha Colossi


- Se eu fosse – Tábatha Colossi






CONTOS – 
 Ministrante - ASSIONARA SOUZA

-  Conto - Arthur Victor Ferreira Tertuliano


- Intervalo – Davi Cartes Alves


- Amarelo Claro – Iamni Reche






A OFICINA DO ESCRITOR
 Ministrante - ASSIONARA SOUZA

- É com turismo? – Aloísio Asakabe


- Fábula – Wagner Schadeck






O ESCRITÓRIO DO TEXTO
 Ministrante - AMARILDO ANZOLIN



- Dies Irae - Johny Alberto de Oliveira e Silva






DRAMATURGIA II
 Ministrante -  PAULO AFONSO CASTRO



- Tudo por um Tostão – Daniel Hassan de Campos


- Reizinho Salominho I – Zeny Nunes Belmonte






LITERATURA INFANTO-JUVENIL 
Ministrante - GLÓRIA KIRINUS



- Como nascem as palavras – Juliana Bumbeer


- Assunção – Geisa Colossi


- Aventura de Laxa – Nadzieja Didycz






MITO E LITERATURA
Ministrante - MONICA BERGER



- As cinzas de Ishtar – Roman Schossig






CRÔNICAS 
Ministrante - MONICA BERGER



- “Calor, né? - Arthur Victor Ferreira Tertuliano


- Amante – Fábio Luis Filipini






ELEMENTOS DA NARRATIVA
Ministrante – OTTO WINCK



- Apocalipse – Ivan Alexander Mizanzuk






JORNALISMO CULTURAL E CRÍTICA LITERÁRIA



- Made In Japan – Arthur Victor Ferreira Tertuliano


- Uma Epopéia Vermelha – Carla Prado Vilela


- Um Cadáver Impertinente – Maria da Consolação Soranço Buzelin


- O Mez da Grippe: um perfil de Curitiba – Guilherme Stromberg Guinski e Janina Rodas


- Como bonecas Matriochka: uma história dentro de outras – Loriane Z. Riechi






POÉTICAS : ESCRITURAS DINÂMICAS
Ministrante – PAULO SANDRINI



- Política Individual – Irley Thiago de Oliveira (T. Irley)


- Despedida – Renato V. Ostrowski






NARRATIVAS LONGAS
Ministrante – PAULO SANDRINI



- Espelhos – Maria da Consolação Soranço Buzelin


- Diário de Lana – Elaine Novaes Falco






Estão abertas as inscrições para as Oficinas 2011
Palacete Wolf
Praça Garibaldi, 7
Informações  41- 3321.3317












O poeta e suas musas





"Cada obra de arte,
 cada obra-prima,
na sua essência mais profunda,
nada mais é do que uma forma sutil,
de purificação do mundo"

                              André Malraux




atravéz da beleza,






 da graça,




do encanto




do fascínio




da poesia




do amor


.











terça-feira, 8 de março de 2011

Homenagem ao dia internacional da Mulher





 

Quer saber um segredo?

Deus criou o homem,

mas o seu arco-íris

é que soprou a mulher



Daí o prisma multicolorido

De nuances, sensações e semi-tons

Que causam n’alma,

O seu olhar, a graça dos gestos,

a efusão de ternura, suprema doçura

que nos embebi em fagueiro frescor

esse invólucro de cetim



Lábios?

pétalas de rosa, nadando em leite de pérolas

neste talhe grácil, ondulações amenas

recortes caprichosos, correção de linhas

suave harmonia , melíflua magia



quão lépido, sensível, ágil

finalizou o cinzel divino

pôs em haste delicada,

azaléia, gérbera, tulipa, estrelícia, acácia,

vertigem é sorvê-las num cálice de lírio

é sumo deleite! Delírio!



Com elas é viver

 não apenas uma lua de mel

Mas sublevar em astro perene

De encantos e sabores

De sorrisos e flores



Sorriso,

Ou um diamante que brilha

Ou o céu que se anila

Faz lembrar

 a primeira estrela que cintila



Só elas conhecem bem

O jogo cruel de acorrentar por embevecimento

Excitar desejos, anunciarem as guerras

semearem esperanças, para depois magoá-las

Como as tiaras, fitas e flores

Que trazem no cabelo





É, desvendei um segredo:

Deus brincou de ser Deus

Quando notou no céu,

que os arrebóis vespertinos

Pincelados em tons rosiclér

Rimavam com:

Mulher.





Amar-te é sublime

é sentir a alma engolfar-se

nos casulos da brisa primaveril



pois só

tua alma traz a musica do mar,

e marulhar no teu doce realejo

no frescor dos teu abraços,

balbucio, deliro,

versejo



O primeiro pingo

da garoa nua

Fez minh’alma

ser tão sua



banhar-se na maviosidade

dos teus rios de dor

sem imagens

incendiando-me com tuas paisagens

evanescentes de amor



beijo de brisa que sulca

o pelo felino

riso menino

sob o som de violino



derramas por taça de volúpias

seara de nirvanas

és minha linda borboleta sedutora

que pousa embevecida

em mar de chamas



vestir-me de você nesta hora

hora escarlate

que transpassa

como amar e sonhar

no bojo tépido e macio

de uma bela acácia



nos teus braços

renascer em uma fonte

de generosa doçura

cárcere paradisíaco

quais flamingos alados

em ternura



Em meio aos teus lábios & versos

me sinto flutuar em espiral

na cadência de milhares de arraias

dentro de um balé vertiginoso,

divinal



Em você

como nas mais raras e belas flores

só devem pousar borboletas

com multicoloridas asas de seda

e delicadas anteninhas de ouro



Ah! Sua presença!

Quão maviosa!

Chegar assim

nesta doce intimidade solar

trazendo nas suas asas de amor

a fagueira calmaria do mar



como derramas n’alma

sob densas matizes

sua generosa cesta de cores.

És tão leve, tão luz, quão linda!

a pousar e repousar teus afetos

sobre os meus mais tênues sensores



faz-se toque entre cílios

feixe de gérberas

caldo de luar

reinventa num sopro melífluo

novas nuances para o verbo amar



faz-se beijo de brisa

cantinela de riachos

langoroso esvair-se da onda na areia

num que de ofertar



faz dos teus mansos fulgores

em minhalma,

um perene palpitar



O que continuará a existir sem você?

Pois quando o amor, generoso

derrama-se dos seus lábios sobre nós,

ele produz n’alma, o sublime frescor

de um novo

e orvalhado amanhecer



sentir-me

como as pedras frias, duras

mas que

no leito dos teus braços & abraços

acordam dunas

areia clara, macia



doce elegia

de querer-te

uma e muitas vezes





Brincar com o teu sorriso

Sorriso?

Ou um diamante que brilha?

O céu que se anila?

Faz lembrar

a primeira estrela que cintila



Será que há mais mel

no bojo da acácia

quanto na terna mansuetude

de seus belos olhos???



Será que há mais delicadeza & sensualidade

nas curvas da tulipa escarlate

quanto na leveza sinuosa

de seu lindo talhe

coleante de prazeres???





Que tal este presente amor meu:

A lua me sugeriu

um vestido de néon

o céu, uma tiara de estrelas

o mar, um multicolorido top

de conchas e corais





ficas ainda mais bela

de sobretudo caramelo

os anéis de seus cabelos me anelam

ao roubarem beijos dos seus lábios de mel

como travessos colibris.



Não será pelo teu sopro

que abrem-se as acácias

e sorriem as buganvílias

enamoradas?



Afinal quem é você?

que com os teus deleites

faz até mesmo

anjos & diamantes luminosos

anoitecerem?



São as luzes das rosas

que iluminam tua alma?

Tormentas raivosas recuam

ao teu pedido de calma



Tu me fez ver na queda

suave passo de dança

fez da tola ambição

e da nociva prepotência

ternura pura de criança



Tua boca

tem sopro doce de luar

mas em minha alma

conjuga em chamas

o verbo amar



teu beijo

tem o mel da imortalidade

faz a alma sublevar

entre sensações

da tenra idade



teu corpo

és bojo macio de tulipa

a recender frescor

de magnólias apaixonadas

vestindo de luminoso paraíso,

meu taciturno mausoléu



faz-me sentir-se Hermes

altaneiro, irrequieto

a levar recados

entre a terra e o céu.



Só você tem esse dom de dizer em terra,

doçuras e delícias de um céu

que se usufrui

na maciez de uns olhos fagueiros



nesta doce intimidade solar

trazendo nas suas asas de amor

a fagueira calmaria do mar



e a lembrança dos teus doces abraços

leveza que me envolve asas mansas

de pássaros apaixonados

declamando ao lusco-fusco

amores e dissabores



contemplados da triste janela

derramam num vôo brando

slides dos teus sorrisos

quais brisas de mil paraísos



seus lábios tão lírios

quão líricos

teus braços tão cisnes de amor

tua alma quão lua,

tão sua...

você

meu mar jovem de flor



hoje minhas borboletas tagarelas

sonharam novamente contigo

e acordaram cochichando em rubor

que só mesmo dos teus beijos maviosos

flui o mel do paraíso.



DAVI CARTES ALVES