quarta-feira, 12 de outubro de 2011

O lobo da estepe - Sidarta - Iracema





Pensa nos teus leitores
nesses pobres pecadores
e de livros roedores

seu dragão de chamas falsas
isso é de rir
até arrebentar as calças
e fazer pipi nas calças

Oh coração de fé imensa
veja a tua luta intensa
com tua tinta de imprensa

burlado e escarnecido
vai avante
com seu rabo bamboleante

 poema de Herman Hesse,
 descrito em seu romance
O lobo da estepe

“ não seria mais que espumas boiando no mar,
ondulação sem sentido
nas torrentes dos acontecimentos”


“ fizera alguns buracos 
na rede do tempo
e da realidade ilusória”


“ embora permaneça divino, 
sob uma forma tão medonha”


“ O homem 
é formado por uma multidão de egos”


Trechos de O lobo da estepe
Herman Hesse - 
Escritor Alemão 
 
 
 
Sidarta e Iracema




Particularmente, acredito que, guardada as devidas proporções de época, temática, estilos, espiritualidade e outros contextos Bakhtinianos, o livro Sidarta de Herman Hesse, no trabalho com a linguagem, na beleza da composição estética da palavra, na rica poesia em prosa, no eu lirico, no status de pequena e valiosa jóia da literatura universal, aproxima-se encantadoramente com nossa Iracema de Jose de Alencar,em todos esses tópicos e é claro, de um modo especial, nas tempestades e bonanças, no feitiço e na doçura, que envolve e nos envolvem, a Kamala  de Hesse e a  Iracema de Alencar.

Recomendo a leitura de ambos.





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