Querer vestir-se
com as tuas dores
querer ser balsamo pra sua alma
orvalho revigorante
para teus exaustos sensores
saudade
quando a tua chuva não beija á tempos
as searas ressequidas
e o vazio das tuas mãos ausentes
a esmurrar-me já nas cordas
querer ser balsamo pra sua alma
orvalho revigorante
para teus exaustos sensores
saudade
quando a tua chuva não beija á tempos
as searas ressequidas
e o vazio das tuas mãos ausentes
a esmurrar-me já nas cordas
impiedosamente
resta recolher resignado
espalhados pelo carpe,
sem mais o pulsante brilho,
estilhaços
de um coração de acrílico
arde n’alma a angustia
arde n’alma a angustia
quando não podemos reter o azul
e o crepúsculo chega vestido de lírio
e o crepúsculo chega vestido de lírio
pingando fogo
vazando delírius
vazando delírius
e derramando
laminas famintas
em vão
os olhos suplicarem
em vão
os olhos suplicarem
teu colírio
abraça-me a sensação
de “contornos sem essências”
ali bem perto do
coração estilhaçado.
abraça-me a sensação
de “contornos sem essências”
ali bem perto do
coração estilhaçado.
DAVI CARTES ALVES
Um comentário:
Profundo...
Gostei do seu blog, por aqui fico!
Saudações
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