terça-feira, 2 de outubro de 2012

Império da dor






Vou me consolar com as rochas
neste império de filisteus
implorar aos espinhos chorosos
arrancados do jardim
que afaguem os cabelos meus

suplicar a noite fria
um buquê de rosas negras
que perfume e incense uma alma
sob densa melancolia

caldo de luar com gelo
sob a música da agonia
e porções de mau me quer
como fina iguaria

paras serpentes peçonhentas
que se debatem em teus caixotes
um jasmim tingido de sangue
e novas cartas de alforria


“devolver ao teu deus ambíguo
esta alma como um incêndio
que o cure de criar !!!



DAVI CARTES ALVES








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