Junho
O silencio dos pássaros
a quietude das árvores
o murmúrio dos rios
d’alma
Junho
Junho
os horizontes infinitos
as vastas brancuras
Junho
das chuvas incessantes
em que os miseráveis
rangem os dentes
ou apenas gengivas
toldos não bastam
marquises em vão
novos dias,
velhos algozes
velhos algozes
Junho
folhas úmidas na invernada
suplicam dóceis lareiras
longos desertos de cobre e amianto
marchetam os céus
longos desertos de cobre e amianto
marchetam os céus
Junho
não terá meu coração
o agasalho das tuas mãos tépidas
não usufruirá minh’alma
a luz que aquece
dos teus lindos olhos fagueiros
mais um junho
sem você
saudade
Nenhum comentário:
Postar um comentário