domingo, 1 de março de 2015

Uma vertigem adocicada













A ferida é mais profunda
no encontro dos lagos quietos
gravetos úmidos na invernada
clamando dóceis lareiras
Calmantes
a refrigerantes mornos?

versos gritados por sirenes
enquanto ele sonhava
bem cedo num domingo de neon
com sabias afinadíssimos
vírgulas frescas e valentes
a letras ríspidas,
cariadas

disseca num fino vaso
enjeitado buquê de aforismos
noutro
minhas ninféias roxas
tem um choro balbuciante
no fel dissonante das horas

os deuses no Olimpo
ensaiando a macarena
Afrodite no twitter
tem novos seguidores

tweetou
já pechinchar-me
num rústico brechó
de desejos






  DAVI CARTES ALVES



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