terça-feira, 20 de dezembro de 2016

O poeta e sua pena












Sou um poeta!
 Escravo do que escrevo,
réu do que silencio; senhor, apenas,
de míseras quimeras, às quais devo
a minha vida, 
obra
 e as duras penas

Não que não me divirta

 com o esmero dos mestres 
que me antecederam
 penas que deram a minha alma e ao meu selo
as formas, fôrmas, fórmulas, apenas

a eles consagro esse augusto farol
que me guia, orienta e me põe a salvo,
não das tormentas,

 mas da calmaria,

para que meu pobre coração

 vol-te das trevas e – sol – tome de assalto
a vida que eu pedi a Deus um dia!







antonio thadeu wojciechowski












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