sábado, 1 de novembro de 2008

LITERATURA fragmentos d'ouro 3

“ Homero, Shakespeare ... Faulkner, por exemplo, contemporâneo da minha juventude, sou herdeiro deste povo todo, legatário deste povo todo. É em cima do trabalho desses escritores que o trabalho novo chega: é em cima do ombro deles que a gente sobe...”

“ Sei lá se o que vou dizer é universal, ou se é de tão grande importância assim, mas eu teria terror de ler como vejo em certos livros de textos, ou com certas práticas escolares.

Terror de ler se fosse pra responder aquelas perguntas horrorosas que vem no fim do livro. Já pensou que tensão é você, em vez de se divertir lendo um livro, em vez de mergulhar na leitura, em vez de se entreter, em vez de se envolver com o livro de qualquer forma, ficar tenso querendo responder, depois, no fim, se aquilo se insere no contexto da pós – modernização do caralho a quatro?!

Quer dizer, um horror. As pessoas encaram o livro, como um patologista encara um cadáver. Não se pode ler assim.”

João Ubaldo Ribeiro - Escritor Baiano - Rascunho, Out. 2008

“ Entre o sono e o cansaço, o silêncio desperta, oferecendo a solidão, um nome de mulher... ”

“ Note que nos contos de Restos , não vislumbramos uma solidão estática, há resistência de parte dos envolvidos. O que também não implica em vitória, mas num debater-se constante.”

“ Quatro cenas do Brasil, não precisa de comentário. São elas: Bala, Bola, Bunda, Bíblia...”

Trechos da resenha sobre o Livro de Contos – Restos / Mário Araújo
Periódico Rascunho – Outubro . 2008

“ Vivemos num tempo muito veloz, e a literatura é uma árvore de frutos demorados. Não é fácil lidar com isso. ”
Carlos Eduardo de Magalhães – Escritor / Periódico Rascunho – Setembro 2008

“ Como voltar para casa sem pisotear no meu lindo passado? Não adianta voltar por sobre os telhado, a sombra também sobe e insiste em perguntar: você quer mesmo voltar? ” –
Vitor Ramil – Satolep / Periódico Rascunho – Setembro 2008

“ O bom haicai é aquele que , com o mínimo, consegue obter apenas o suficiente.”

Álvaro Alves de Faria , sobre o livro Oeste, de Paulo Franchetti / Rascunho . Set, 2008

“ Cada homem vem a ser a soma de suas desgraças. Se ocorre a alguém, pensar que algum dia esta desgraça termina, bem, nesse caso, a desgraça é o tempo”. Faulkner

“ Fiz o que pude, o destino que quis ” Lope de Veja

“ O escritor é testemunha, verdugo e mártir do seu tempo”

Carlos Trigueiro, parafraseando Sabato / Periódico Rascunho - Setembro 2008

“A Sra. Michel tem a elegância do ouriço: por fora crivada de espinhos, uma verdadeira fortaleza, mas tenho a intuição de que dentro é tão simplesmente requintada quanto os ouriços, que são uns bichinhos falsamente indolentes, ferozmente solitários, e terrivelmente elegantes.”

“ Falamos de amor, de bem e de mal, de filosofia e de civilização, e nos agarramos a esses ícones respeitáveis, como o carrapato sedento e seu cão bem quentinho.”

Trechos de: A Elegância do Ouriço – Muriel Barbery / Rascunho . Set. 2008


“ Passar a mão de repente, sobre a tua mão, como se apalpa a vida, ou o fruto que pede para ser colhido...”

“ O escritor afinal de contas o que é? Senão um descarado que vem falar de coisas suas, como se elas pudessem interessar aos demais? ”

“ Frases líricas, precisas, que quando estou cinza, relembro delas e me ilumino.”

“ Exatamente como aquelas florzinhas, que chamam de onze horas, muito antes das 11, começam a se aprontar para o príncipe que de carruagem iridescente vai passar. Agora são nove e meia, por exemplo, e as suas alminhas azuis, vermelhas e amarelas, todas já se abriram em cochichos adolescentes”

“ Não confunda, sermão da montanha, com montanha de sermão”

“ Percebo que o amanhã, é uma palavra que se acende, no escuro da poesia ”

Acima, trechos do livro:
De que ri a Monalisa? - Afonso Romano de Sant’Anna

“ A crônica, é prato de pouca ou nenhuma resistência, simples molho branco. Eu reduzo a missão do folhetim a isso, atirar semanalmente aos leitores, um punhado de rosas brancas, ... sem quebrar-lhes os espinhos.”
Machado de Assis

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