É preciso desenterrar os mortos que estão vivos nas valas comuns. Ali jazem histórias que não foram contadas. Jaz a lágrima suspensa no ar do pseudo-esquecimento. É preciso cavar. É preciso cavar. Há mães e pais que cavariam com as próprias mãos, até sangrarem os dedos e esfolarem as unhas. Pois existem valas fechadas e feridas abertas que sangram. Sim, cavariam com gana de abraçar os filhos que não foram beijados antes da hora de dormir.
Autor: Vera Lúcia de Castro
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