terça-feira, 21 de agosto de 2007

Dos Seus Lábios.




Lapidados e retocados por cinzel divino
Modelados por contornos suaves e gentis
Delicado cofre de lindas e harmoniosas pérolas
Ou seria um colar de aljôfares?

Quando semi-cerrados,
vejo onde brinca
Uma ciranda pueril, efusiva
de alados flóquinhos de neve

é somente desses lábios
onde borbotam magos e esplêndidos sorrisos
de onde escuto em sonhos dourados,
a maviosa melodia do amor
de onde dardejam, magias e encantos
onde arde expansivo, um arrebatador:
magnetismo cor-de-rosa

ao vê-los,
a esposa do flamingo, abriu as asas com desdém
a rosa vermelha ao reexaminar a maciez
e a matiz de suas pétalas
desfolhou-se, atirando espinhos
num acesso de ira!

A pobre cerejinha, tadinha!
Empalidecendo-se de inveja,
Babujou-se na nata do bolo
E revestiu-se de um rubor ainda mais carmesim
Por não ter o tom, ora rosicler, ora escarlate
Dos seus lábios
Mas melindrou-se ainda mais
Por não ter a mesma doçura dos seus beijos

Dos seus lábios, cálidos
Sinto n’alma o aflar de uma doce vertigem
Onde a brandura de uma sensação,
Derrama-se nela em dueto,
Com uma agradável leveza
De composição
Fazendo-me mais um subjugado prisioneiro,
De seu vasto Império,
De fascínio, graciosidade e sedução

E assim compreendo ainda mais
A maneira sublime, singular
De como Deus fez o coração para amar
E a boca,
a formosura de sua boca, com esses lábios
Ah! Esses lábios:

Róseo e generoso favo de mel
A pulverizar “impérios”
Parecem feitos somente,
Somente para beijar.


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