quarta-feira, 17 de outubro de 2007

O VALE DAS CAMPÂNULAS

Ao contemplar enlevado
essa viçosa multidão de campânulas
escarlates e bailantes sob a
musica fagueira de brisas melifluas

ao vê-las, embevecido
transmontarem graciosas,
Esses degraus relvosos,
entre vales e colinas,
como se estendessem
um lindo tapete carmesim
as hostes do Criador

ao avistar enternecido
um último e único botão, valente mas pueril
ganhar mais um beijo tépido do sol
sorriu-me uma ventura
acariciou-me uma esperança

de conquistar-te
uma e muitas vezes
neste ápice de primavera.
Asas da quimera?

Quem sabe não,
me consola esse generoso e perfumado
buquê de campânulas ,
que já o imagino sublime e radiante
em sua escrivaninha.






davicartes@gmail.com

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