domingo, 11 de janeiro de 2009

JOÃO CÂNDIDO, E SUA LUTA PELOS DIREITOS HUMANOS



Quantos benefícios usufruímos, quando resgatamos a memória de grandes personalidades brasileiras, direcionando os holofotes para aqueles exemplos que não se calaram e não se resignaram diante das injustiças, como João Cândido Felisberto “O Almirante Negro”, como ficou conhecido. Com sua significativa e decisiva ação, e com sua singular coragem, típica de sua raça, demonstradas no episódio histórico conhecido como, A Revolta da Chibata.

Por relembrarmos e incensarmos o que significou a sua brava atuação, sobretudo para novas gerações, temos uma valiosa oportunidade, de imprimir-lhes em relevo e incutir-lhes um sublime exemplo para sua formação como cidadãos idôneos e justos, orgulhosos dos grandes homens de sua pátria-mãe.

João Cândido, não permitiu que fatos obscuros e sombrios continuassem ocorrendo nos interstícios de uma instituição de matiz protetora e maternal, porém, que naquele momento da sua história, ficou evidente que carecia de reparos e ajustes, como contrapartida e justificativa a alvura e candidez de sua farda – alma.

Assim como a pedra que lançada no lago, cria um círculo crescente, atingindo e envolvendo cada vez maior extensão,
depois de ser embebida em sangue justo, a “chibata” que foi finalmente lançada ao mar, também com a ajuda dessa alma “encouraçada” de justiça , criou um círculo de dignidade, respeito e eqüidade, que beneficiou não só a si e seus leais companheiros, mas envolve a todos nós hoje, e certamente , com o ímpar e oportuno resgate de sua memória , trazidos a superfície, uma e muitas vezes, irá envolver também as futuras gerações de marinheiros e brasileiros.

João Cândido demonstrou que muitas vezes, “ quando não se tem pedras, é necessário se atirar ” e que mesmo as instituições vitalícias, necessitam periodicamente reavaliar as leis que regem suas organizações.

Portanto, exemplos como o de João Cândido, devem consolidar-se e fixarem-se na caixa de ressonância da dignidade, da justiça e do respeito desta nação, pois modelos como este, são vitais a alma de um país que se proclama democrático, civilizado e justo.





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