quarta-feira, 2 de dezembro de 2009

UMA MULHER, MIL SENSAÇÕES



Ela voltou!!!

E minha vida faz-se muito curta

minha vista limitada

para emoldurar, enamorada

reter & aconchegar,

lisonjeada



tanta beleza, encanto

leveza, de meia de nenê flofly

com amaciante cheirosinho

huuummmm!!!



quanto fascínio quantas virtudes

que transbordam de ti

qual cesta generosa

chafariz de pingos multicolor



Festa para os olhos

E os cílios batem palma di pé,

como nos fins dos Hamlets das megalópoles

em seus Guairões

e se tem o Wagner Moura então



Festa para alma

Onde a procela-tempestade-catadupa

desacalma

Qual estouro de manada



Percussão de mil Olodums

balé de arraias gigantes e doces

nos sensores do nosso amanhecer

até o pôr do sol brincalhão



Ela voltou

lá vem a pororoca repentina,

nos cabeços

do meu incauto ribeirão

não adianta correr agora



e só sobrou uma bóia

lá em cima do eucalipto

se a clara-bóia,

davi- também- bóia

no teu edifício de magnólias feiticeiras



nos teus mansos regatos

como aquele amanhecer brumoso

sobre o lago

do parque Barigui

que é tão fotogênico

pros tele-jornais do meio-dia



Sinto-me sempre assim

se já vais:

sou ponto sem frase

retrós retrógrado

sem o fio de Ariadne



Mas não acabou de chegar?

Mesmo? Já vais?

Levando seu vestido longo

De conchas & corais?

E Larga da minha mão

empurrando-me

nas fossas abisais?



Da saudade a digerir n’alma

um quindim de melancolia

não minta, mesmo, já vais?

mas não acabou de chegar?

Quando penso logo sou

Apocalispe

Sem ais.

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