sexta-feira, 25 de dezembro de 2009

Te esquecer, eu tento







Te esquecer, eu tento
mas me sinto como o homem
perdidamente apaixonado
que sonha , que grita,
que vibra de esperança!!!
Mas que frustrado,
só abraça o vento.

Te esquecer, eu tento
mas me sinto como a árvore
frondosa, acolhedora, absoluta, secular
mas que vê ao longe, lépido e atroz,
o fogo sedento

Te esquecer, eu tento
mas me sinto como a pétala
que se desprende da jovem rosa
açoitada pelo vento

Te esquecer, eu tento
mas me sinto como o sapato
jogado ao canto do quintal
sem o seu par,
sob a lua da madrugada
entregue ao relento

Te esquecer, eu tento
mas ao me lembrar daquele
seu olharzinho dócil
ficar triste, sorumbático, taciturno
confesso ser capaz de roubar não só os anéis
mas o piercing ( ranco-lhe da língua ) ,
 as maria–chiquinhas, presilhas
roubaria pra você,
todo o penduricalho de Saturno


Te esquecer, eu tento
mas me sinto como a estrela
radiante, palpitante, toda luz
mas que se perde no Cosmos,
de sua galaxia
buraco negro adentro!

Te esquecer, eu tento
mas me sinto como
águas revigorantes

que agora se secam
mas que outrora:
eis voraz rebento!


Te esquecer? 
Olha, 
eu bem que tento.



                



DAVI CARTES ALVES
















Um comentário:

postagem disse...

Olá meu amigo!

Li esse poema no SPA, gostei muito, vim visita-lo para agradecer todos os seus escritos de 2009 que abrilhantaram minha alma, e desejar um 2010 cheio de paz , amor, felicidade e SAUDE!

Que a Paz de Cristo te alcance em todos os seus dias...


abraços...

TERESA CORDIOLI.