Quão delicado e feminino
torna-te ainda mais graciosa
engolfando-a com lacinhos & ternuras
traz leveza e sensualidade
no bojo de cálida rosa
Cingi-la nos braços
trazê-la maviosamente junto a mim
neste lindo corpete
que a envolve em graça e sedução
qual sinuoso invólucro de cetim
peça embebida no cadinho do desejo
urdida por mãos de fadas
Valquirias, Kareninas, Kamalas,
Lolitas, Capitus e Dianas
por ninfas e sereias enamoradas
sonhando beijos puros
em noites insanas
em noites insanas
Ao colhê-la quais amarras de alfenim
suave feixe de tulipas e painas
rente a vulcão que já balbucia atormentado
que apenas teu sorriso feiticeiro
jamais amainas
taça de volúpias
seara de nirvanas
seara de nirvanas
és minha linda borboleta sedutora
que pousa embevecida
em mar de chamas
senti-lo pressuroso
em mar de chamas
senti-lo pressuroso
teu coração de andorinha
em pujante arritmia
sorvê-la neste lindo cálice de lírio
vou do sumo prazer,
ao ápice do desejo,
só me reencontro
num delírio
num delírio
sentir-te arfante
loba irrequieta, felina rosnante
diluir-me de vertigem
diluir-me de vertigem
em teus cisnes trêmulos
e amantes
sentir seu melífluo bafejar
em lábios incandescidos de carmim
sentir-te toda lua, nua lua
lua d’alma, lua linda,
minha lua de jasmim
ao soltar-lhes confuso
sem cartas de alforria
finos fios nacarados,
a represar deleites
me submergem teus encantos
em densa fobia
búfalos velozes, imponentes
se arremessam
num colo em brasas
controles, limites, pudores,
fulminas, arrasas
só o teu mar salmão
de doces sedas
rompe meu céu de amores
em viagens oníricas
por tuas doces e tépidas
veredas.
veredas.
DAVI CARTES ALVES
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